Uma vez, em
uma campanha para a presidência de um país, a disputa parecia corrida maluca.
Muitos candidatos, mas dois se destacavam: Dick Vigarista e Mazzaropi.
Dick, como
sempre, usava suas artimanhas para vencer. Mas cada golpe saía pela culatra,
“rancando purga de enxadada”. Seus truques iam de pesquisas fajutas a facadas
teatrais. Enquanto isso, Mazzaropi, com jeito simples e fama de boa pessoa,
conquistava simpatia e votos. O resultado foi a vitória do Brasil.
No governo,
Mazzaropi dormia em casa, viajava pouco e com comitiva enxuta. Fez um mandato
tranquilo. Mas na eleição seguinte, Dick Vigarista, descondenado, voltou ao
jogo e levou com ajuda dos códigos-fonte. A partir daí, governou como aprendeu
na universidade do crime: roubava aqui, desviava ali, colocava parente acolá e
o país foi à falência.
Só que a
corrida não acabou. Dick quer subir ao pódio de novo e já arma suas tramoias.
Agora, inventou que as redes sociais devem ser regulamentadas para “proteger as
crianças da adultização precoce”. Mostra vídeos de pais exibindo filhos por
likes e dinheiro fácil. Até soa justo.
Mas o diabo
mora no detalhe. A tal regulamentação serve, na verdade, para censurar. Tudo o
que incomodar será classificado como fake news, discurso de ódio ou
preconceito. E, para garantir as suas verdades, Dick não quer vídeos de
dinheiro na cueca, malas de propina ou o fechamento da Odebrecht circulando por
aí. Quer viajar escondido, descansar em hotéis cinco estrelas bancados pelo
povo e, claro, colocar crianças como biombo para ninguém ver o que faz por trás
do trono.
Enquanto
isso, Maduro continua solto, rindo da cara do povo, e Dick Vigarista com a
Globo não querem que você saiba que ditaduras só fabricam ditadores — de Chávez
a Xi Jinping, de Kim Jong-un a Saddam.
Acorda: não
é a sexualidade infantil o alvo. O alvo é o seu bolso. E se você não pagar,
eles inventam outro imposto.
O escritor
do lago
Nascendo um
mundo melhor

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