Dizem que a verdade liberta (ou anda de
tornozeleira). Mas, ultimamente, ela está presa, sufocada por porcentagens
dúbias que mais confundem do que explicam. Ao acompanhar a cobertura sobre o
chamado “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos ao Brasil, o cidadão fica mais
perdido que cego em tiroteio: de um lado, especialistas dizem que o impacto
será pequeno — 0,6% do PIB. Do outro, perdas bilionárias e milhões de empregos
ameaçados. Afinal, qual é a verdade?
O problema está na régua usada para
analisar os resultados. Uma mede o impacto no primeiro ano. A outra, por um
período maior. Resultado? O leitor, que esperava ser informado, termina
desinformado e, pior, com a falsa sensação de que está bem informado(?). Eis o
porquê da discrepância entre os números: confundir o leitor para que este
acredite na verdade de quem fornece sua verdade como verdadeira(?).
Vamos tentar explicar de novo.
É como
assistir a uma novela em que os capítulos são cortados ao meio, e cada canal
mostra apenas uma parte do enredo. Mas a realidade é outra, e ignorar ou
esconder o risco real é jogar com o destino de todos nós. E quem perde com isso
não são os colunistas (sombras da caverna) bem pagos, nem os ministros
engravatados — é o povo do campo, o trabalhador da fábrica, pessoas comuns, eu,
você. Gente que precisa da verdade, e não de um teatro de sombras (Mito da
Caverna).
Enquanto isso, veículos menos badalados e
profissionais técnicos e competentes, que fizeram muito mais do que fantoches
de fachada, alertam com clareza: tarifas assim não são apenas números em
relatórios. Elas quebram a espinha dorsal do comércio, corroem a confiança de
investidores, afastam parceiros comerciais e matam empregos. E o estrago,
quando chega, não é de um trimestre. É de anos.
Mas por quê maquiar tudo ou, pior: calar?
Talvez porque, alinhando-se com o poder, todos ganhem. Fácil: os fins
justificam os meios — enriquecer com o suor alheio. Custe o que custar à
sociedade.
Só que há algo nas entrelinhas deste jogo.
As manchetes querem esconder o real intuito dos poderosos de plantão.
A verdade? O “tarifaço” é apenas a ponta do
iceberg. O problema é mais embaixo. Ao invés de o Brasil ser um país
democrático e seguir o capitalismo, os governantes optaram pela
ditadura/comunista. E isso é uma escolha política desastrosa, que colocou o Brasil
no colo do gigante asiático — e isso irritou Washington. E agora, quem paga a
conta é o trabalhador brasileiro, enquanto os jornais tentam explicar com
gráficos e suavidade que “não é bem assim”. Noutras palavras: pimenta no... dos
outros é refresco.
Mas a realidade é outra: a exigência — não
dita, mas muito clara — de que só haverá trégua quando o principal nome da
oposição for desacorrentado e o povo voltar a ter rumo em seu país. Enquanto
isso, o Brasil é jogado à beira do precipício, a fim de que o presidente atual
liberte seus escravos. Ou seja, “o futuro está em nossas mãos”.
E colocar todos os pingos nos “is” requer
trabalho. A começar pela corte de justiça deste país: tem ministro fazendo
gestos para o povo, outro diz que “perdeu, mané”. Parece até que “Ali Babá e
sua tropa” são “amigões” de Minerva (símbolo da sabedoria e da justiça). Porém,
vivemos em um governo que desrespeita o mundo todos os dias (rouba até perua).
E a imprensa — ou parte dela — mostra uma verdade distorcida.
Não apenas o conflito comercial está em
jogo, mas sim a qualidade de vida desta população. E a democracia, enfraquecida
pela desinformação, vai sendo sufocada aos poucos, sem que muitos percebam ou
sejam ludibriados a ver dessa forma. E quem lucra com isso? Ora, o comunismo,
que ganha com seu trabalho escravo e barato, para que seus líderes viajem,
comprem vinhos minimamente premiados, tenham salários vultosos e seguranças —
para que os defendam de quem eles governam.
Quem
eles governam? Você. Porém, quem governa com imparcialidade não teme seus
eleitores. Ditadores, sim, precisam desses. Milicianos também. Na verdade isso
tá cheirando coisa errada. Ou, a democracia já se decompôs e você olha uma
miragem.
A verdade precisa aparecer. O povo precisa
enxergar o jogo por trás da cortina. Este precisa entender que a honestidade
pede socorro. Imagine não fazer nada e acordar abraçado com o João, que se
dizia Maria? Sussurrando em seu ouvido: agora é minha vez.
Por isso, dia 3 é preciso ir às ruas. Não
por um nome. Não por um partido. Mas por algo maior: o direito de saber a
verdade, de viver num país onde a imprensa informe, não distorça. Onde o
governo sirva, não ataque. Onde a democracia respire — sem amarras, sem
censura, sem farsas.
O
escritor do lago

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