A chamada “PEC da Blindagem”, ou
PEC 3/2021, está em fase final. Mas sua aprovação parece improvável.
Motivo? Base governista e
oposição não acertam os ponteiros.
Enquanto isso, a “Sala da
Justiça” torra impostos em cafezinhos gourmet, vinhos premiados e aquele justo
auxílio-paletó.
E você sabe do que trata essa
blindagem? Não? Ótimo. Continue focado nas novelas, no futebol e nas fofocas
sobre o que seu famoso favorito faz depois de derrubar o número dois.
Já parou pra pensar se esses
assuntos garantem comida sem corrupção na sua mesa? Ou, se mostram que obras
públicas seguem no ritmo certo? Quem sabe, então, elevam o Brasil como destino
turístico seguro? Pois é...
Aos que esperam justiça caindo do
céu, ouçam Peter Pan: “nem na Terra do Nunca isso acontece”.
Simples: a PEC da bandidagem é
defendida por quem teme a prisão. Quem? A base governista — investigada por
fraudes contra aposentados, emendas de Juscelino Filho à Codevasf e mais.
“E o que o governo quer? Que tudo
seja julgado apenas por ministros ‘imparciais’ do STF. Os mesmos que, quando o
Congresso tentou barrar o aumento do IOF, foram prontamente ao socorro do
Executivo, com decisões que mais pareceram ato de proteção pessoal do que
respeito à Constituição.”
Entendeu? Se essa proposta
indecente não passar — ou seja, se os falsos heróis não forem blindados —
muitos parlamentares podem ser processados e barrados da reeleição.
Como diria Millôr Fernandes:
“Eita Congresso eficiente: ele mesmo rouba, processa e sentencia.”
Blindar é coisa do cebolinha e
seus planos infalíveis.
Então vamos brindar com R a
democracia.
O escritor do lago
“Nascendo um mundo melhor”

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