Voto
de cabresto
Este
foi muito utilizado no tempo do coronelismo. Onde os eleitores deveriam eleger,
aquele que “o patrão” da região indicasse. Quem não concordasse sofreria
intimidações dos coronéis, estes enviavam seus capangas. Num período obscuro da
política deste país, as pessoas tinham por que temer, não havia lei.
Já
aqueles que seguissem as “orientações”, receberiam “agrados”, óculos, sapatos,
alimentos, “quinquilharias” do café com leite para iludir analfabetos.
O
coronelismo teve fim por volta de 1930. Claro, pra quem não segue a política
atual, ou não trocou o sinal analógico, pelo digital. O que vivemos hoje é a
mesma situação do século passado. Como dizia Millor Fernandes, “para quem acha
que sabe tudo, esta muito mal informado”.
A
mala de meio milhão mostra isto, não dá pra crer na inocência do coronel. Não
querer ser investigado, soa como medo da verdade. Até por que quem não deve,
por que temer? Deixa rolar a investigação.
Então
saíram os capangas distribuindo quinquilharias. Porém não como as do café com
leite, espelhos, alimentos, dentaduras e outras. Grana é a palavra mágica.
Deputados indecisos valem milhões. Partidos que votem em peso, escolhem
ministérios. Cargos de confiança se faltar, caneteie mais alguns.
Ariana
Suassuna uma hora dessas deve estar rindo a toa; “é a mala mais cara do mundo”.
E alfineta, “há os que concordam comigo e os que estão equivocados”.
Paulo
Cesar
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