quarta-feira, 19 de julho de 2017

Voto de cabresto



Voto de cabresto

Este foi muito utilizado no tempo do coronelismo. Onde os eleitores deveriam eleger, aquele que “o patrão” da região indicasse. Quem não concordasse sofreria intimidações dos coronéis, estes enviavam seus capangas. Num período obscuro da política deste país, as pessoas tinham por que temer, não havia lei.
Já aqueles que seguissem as “orientações”, receberiam “agrados”, óculos, sapatos, alimentos, “quinquilharias” do café com leite para iludir analfabetos.
O coronelismo teve fim por volta de 1930. Claro, pra quem não segue a política atual, ou não trocou o sinal analógico, pelo digital. O que vivemos hoje é a mesma situação do século passado. Como dizia Millor Fernandes, “para quem acha que sabe tudo, esta muito mal informado”.
A mala de meio milhão mostra isto, não dá pra crer na inocência do coronel. Não querer ser investigado, soa como medo da verdade. Até por que quem não deve, por que temer? Deixa rolar a investigação.
Então saíram os capangas distribuindo quinquilharias. Porém não como as do café com leite, espelhos, alimentos, dentaduras e outras. Grana é a palavra mágica. Deputados indecisos valem milhões. Partidos que votem em peso, escolhem ministérios. Cargos de confiança se faltar, caneteie mais alguns.
Ariana Suassuna uma hora dessas deve estar rindo a toa; “é a mala mais cara do mundo”. E alfineta, “há os que concordam comigo e os que estão equivocados”.

Paulo Cesar

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