terça-feira, 4 de julho de 2017

Papai que é decoro



PAPAI QUE É DECORO

Estavam papai e filha vendo tevê (matérias sobre um país vizinho ao Paraguai, tem cada coisa que acontece lá). Já havia dado noticias do “curintia”, previsão do tempo e outras. Então a apresentadora da à última chamada, “o político mais assíduo do congresso é um preso...”. O pai não entendeu aquilo. E “fitou” os ouvidos na matéria.
Esta, um político responde processo por desvios de verbas. Até ai tudo bem, nada de novidades. Mas ser o único político, que cumpre integralmente a jornada de trabalho. Muito estranho. Pois bem, como esta preso e ganhou o beneficio do regime progressivo da pena. Dorme no presídio e de dia trabalha. E a reportagem termina com uma pergunta, e o decoro, como fica?
Tá lá o pai pensando sobre isso e a maravilha da inocência se revela. “pai, que é decoro”. Filha, decoro é bom comportamento. Tava bom pra ela, mas e pra ele, tava bom?
Decoro, segundo um entendimento simples é recato no comportamento, decência.
Como entender, como aceitar que isto ocorra? Um sujeito é elevado ao cargo para primar pela qualidade de vida do povo. Fez algo contra este, foi preso por tal comportamento. Espera um julgamento de segunda instância, que prove sua inocência ou não. Porém até que isto ocorra, ficara trabalhando naquilo que é suspeito de fraudar.
Ok, o Doutor que o julgou esta cumprindo a lei, entretanto, mesmo que haja esta brecha, não apenar aquele que não foi julgado por “inteiro”, não deve se sobrepor ao interesse coletivo. Poderia sim vir a trabalhar, contudo, não naquilo que esta sendo incriminado.
Depois de pensar, chegou a uma conclusão obvia. Eita país pobre (culturalmente) aquele, o cara infringe o decoro e pode trabalhar para a sociedade.
 Enfim, quem sabe o que é decoro? Naquele país vizinho ao Paraguai, provavelmente ninguém. Caso soubessem não deixariam lobos cuidando de cordeiros.


Paulo Cesar

Nenhum comentário:

Postar um comentário