O
reverso da medalha
Hoje
só posso lhe dizer isto. Hoje não sou aquele que te ama. Hoje, nem de longe
lembro seu príncipe encantado. Hoje, sou um Neandertal. De clava em riste, a
quero minha fêmea. Hoje e só hoje, vou ter você minha escrava sexual... Não, só
hoje não.
Estará
sem pra onde correr, nem pra quem chamar.
Vai
perceber em meu sorriso, se entregue. Vai ser melhor assim. Sonhei com este
momento, não terá paz em meus desejos. Até me fartar contigo, será minha mais
deliciosa fêmea. Vem cá, a quero todinha minha. Toda, toda e de todas as
formas. A quero sentada, a quero em pé, de quatro pé, até faltar o ar que
respiro. Vou reescrever o Kama Sutra, usando-a de todos os jeitos de um Neandertal.
Minha clava aponta sedenta, só tem uma direção, o prazer em seu corpo, todo
meu.
Pulso
em sua direção, percebe meus desejos mais ardentes, quero me jorrar todo em
você.
Ao
encostar-se a você, se entrega, não há por que resistir. Feminina sabe, somos
dois animais prontos para o ato. Os sentidos não têm sentidos. Parecemos em
convulsão, nossos corpos se procuram, se encaixam, o ritmo é alucinante. A
respiração sem norte. Os braços e abraços se misturam. Os fluidos são estimulantes.
O delicioso pecado escorre por nossas fantasias mais loucas. A tenho como
quero.
Louca
no prazer de ser desejada, pede mais, pede vai, implora, não pare. Vira pra cá,
sobe aqui, pula louca querendo minha explosão. Como é bom pecar. Se contorce,
sorri seu mais safado desejo; estou amando isto. Vira pra cá, vira pra lá, de
ladinho, toda minha.
De
bruços, chego a sua orelha, mordo, falo safadezas loucas, “minha deliciosa
safada”, “gostosa mundana”, “me aperte”, “rebole”, inocente, faz tudo sem
reclamar. O ritmo louco nos faz perder o ar. Parecemos levitar, a respiração é
descompassada.
Sou
um caminhão sem freios descendo suas curvas.
Não há como parar. Seguro com força seus braços. Não adianta, a
velocidade aumenta. Você pecaminosa não ajuda, vai de um lado ao outro. Procuro
me segurar em ti é em vão, só agora percebi, você tem a direção, já estou sem
sentidos. Nós, só gemidos.
Sabe
é uma questão de tempo, sente o monstro de Neandertal pulsando, sua clava vai
explodir em milhões dentro de ti. Louco começa a falar coisas sem lógica. Bato
gostoso, seguro, aperto, mordo. O mundo começa ficar sem cor, sem dia, sem
cheiro, nada tem sentido. É a contagem regressiva. Cinco, quatro, três, dois,
um... Foi, fomos.
Quando
da por si, só resta à lembrança. O monstro pulsa todo sobre você.
Sorrindo,
safada, pecaminosa, tem uma certeza. Dominou a fera. Perdeu o medo dela, que
venha outras vezes assim.
Amor
é bom, mas sexo é foda.
Paulo
Cesar
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