Independência chega de mortes
A votação sobre a denúncia ser
aceita ou não, mostrou alguns políticos comprometidos com a sociedade. Porém o
numero não foi suficiente e a ação foi arquivada. Entretanto, há males que vem
para o bem e assim ficou fácil separar o joio, do trigo.
Defender o arquivamento da
denúncia, “parece um tiro no pé”. Soa “culpa no cartório”. Duvidar sobre a denúncia feita pela JBS, a mala
com quinhentos mil, as gravações, testemunhas é injustificável. Os discursos
defendendo que, “não é hora de julgarmos é hora de crescermos ou também,
oportunamente a verdade será alcançada”, não faz sentido. Não deve, não há o
que temer.
Aqueles que amordaçaram a
justiça, parecem ter feito com segundas intenções. Alguns lideres partidários
até justificaram, “votamos com o governo, queremos cargos comissionados,
ministérios, secretarias, tudo que temos direito”. Num raciocínio lógico, foram
coniventes com as falcatruas. Fecharam os olhos, querem seu quinhão.
Estes senhores, são a mão que
elegemos para balançar nosso berço. “Dão” o tapa de gato, depois escondem as garras.
Quem votou pró-governo, receberá vantagens financeiras, projetos serão mais
facilmente aprovados, tudo ficará menos “burocrático”.
Seus privilégios continuaram,
senadores de seis meses, aposentadorias desmedidas, foro privilegiado, auxilio
gasolina, celular, passagem aérea e outros absurdos.
Já os deputados que tiveram a
honradez de dizer, “voto contra as orientações partidárias, ou voto a favor da
continuidade do processo”. Sabem que enfrentarão caras feias dentro do partido,
do governo, consequentemente seus projetos sofrerão atrasos, “penarão no
purgatório”.
No final da década de sessenta do
século passado, Neil Armstrong, ao pisar na lua disse; “é um pequeno passo para
um homem, mas um grande salto para a humanidade”. Trazendo para a atualidade
política no Brasil, vivemos um momento único. Os heróis que se rebelaram contra
o arquivamento da denúncia, deram um pequeno passo para mudar a política no
país. Porém, um salto colossal, para um futuro melhor. Analogicamente, cabe a
celebre frase de Dom Pedro l; “independência, chega de mortes”.
De mãos dadas com os ideais dos
rebelados, precisamos reconquistar nossa independência. Chega desta facção
criminosa que nos escraviza.
Paulo Cesar
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