Tô certo ou tô errado
Um famoso jargão de Sinhozinho Malta (Lima
Duarte), na novela Roque Santeiro. Levava a crer que não se poderia discutir
sua opinião, ele estava sempre certo. Este “certo” conforme sua vontade e seus
interesses. Uma ditadura democrática, bastaria seguir sua opinião.
Tendo em vista esse tipo de “democracia
autoritária”, é certo qualquer pessoa fazer justiça?
Aquele que faz justiça por outra pessoa, age
certo tomando as dores daquele?
Um ministro do supremo tribunal federal toma
decisões, estudou anos para isto, pode errar?
Carregar uma “cicatriz” a vida toda, por algo
que você fez errado na juventude é certo?
Como
ou quando teremos uma sociedade harmônica, justa?
¹Um garoto acusado de uma atitude
anti-social, sofreu uma penalização. Está imposta sem qualquer direito de
defesa. Foi pego em flagrante. Sua pena, uma frase; “eu sou ladrão e vacilão”.
Com base no vídeo, o acusado de “ladrão”
roubou a bicicleta de uma pessoa. Esta não tinha uma perna. E a comoção do
momento, fez o “juiz” apená-lo por seu livre arbítrio.
A pessoa que sofreu a sansão por seu ato, vai
carregar a cicatriz por sua vida toda. Duas na verdade, uma física e outra
moral. Será sempre lembrado como “ladrão vacilão”.
“É de pequeno que se torce o pepino”. O mundo
seria mais sociável caso esta verdade fosse plena, afinal depois que errou,
impõem-se uma pena e teoricamente as pessoas nunca mais erram. Porém as coisas
não são assim. Imagine quantas vidas seriam poupadas, caso depois de pego, quem
infringiu a tranquilidade em sociedade, não voltasse a delinquir. As famosas
leis de Deus, quantas nos dez mandamentos, estão diretamente ligadas a viver
bem em sociedade?
Levando-se em conta que estas foram feitas,
haja visto que a coisa já não “tava boa” e não continua ruim. “Fazer leis”
parece sem sentido. Todo esse tempo se passou e o ser humano não muda.
Repristinar é próprio nosso.
O que fazer então? Conviver em harmonia com
os desacertos que acontecem todo dia em sociedade? Esperar que a pessoa que
errou um dia não cometa mais aquele ato? Como conviver em acordo com decisões
erradas, do ministro ou do anônimo? As penalizações, como aceita-las próprias
para reabilitar quem errou?
As respostas para estas perguntas, todos
sabemos. Basta amarmos uns aos outros e não teremos mais estas situações.
Paulo Cesar
¹blob:https://web.whatsapp.com/fa3bcae4-4540-4c6c-b3f8-711414ab3e66
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