A morte pede socorro
Como bom e pobre mortal, ao final do dia
agradeço, “Deus, obrigado por ter saúde”. A morte pede socorro em nosso país.
Não tá dando conta de atender a demanda. Não precisamos apenas de novos
cemitérios, carecemos de mais amor. Muitas vidas seriam poupadas.
A coisa de uns quatro meses, uma pessoa foi
diagnosticada com leucemia. Como todas as pessoas acometidas deste mal, correu
com sua fé buscando viver mais. Não obteve êxito e jovem foi, é assim para
todos, um dia todos vamos.
As chances de uma medula ser compatível é
pequena, porém existe. Agarrados a delicia de viver, todas as pessoas
solidárias buscam ajudar. Doar a medula é ser pai ou mãe de uma vida, esta já
viva. Assim todos têm uma certeza, logo-logo encontraremos uma medula compatível.
Rádios, tevês, redes sociais, jornais, a
mobilização de todos é contagiante. Será uma questão de tempo e a vida vencerá.
Já no primeiro mês foi conseguido um numero expressivo de doadores.
Um pouco de sorte e... Não é bem assim
explica o funcionário responsável pela coleta da medula. Apesar de toda
movimentação, há limitações para que seja feita a coleta.
Há protocolos para se fazer a coleta.
Assepsia, material descartável, observação do produto coletado, cadastro,
cuidados médicos com o doador, uma infinidade de normas aceitáveis para a
coleta.
Vencidos todas estas observações, há outras.
Determinada região do país faz X coletas mês, noutra bem menos. Para que este
numero seja mais equilibrado, devesse investir em campanhas.
A região X, que recebia um determinado número
de doações, teve este reduzido para metade. Por que disto?
Na lógica, as verbas são insuficientes. Deste
modo, não se consegue divulgar a campanha e manter a coleta do material, tendo
que priorizar uma à outra.
Burocracias, entraves, má distribuição de
verbas, nada disso faz sentido. A vida em primeiro lugar.
Caso fosse a sua vida, que preferiria, bancos
de coleta de sangue ou elefantes brancos travestidos de estádios, estradas, e
outras aberrações?
Paulo Cesar
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