terça-feira, 13 de junho de 2017

A morte pede socorro



A morte pede socorro

Como bom e pobre mortal, ao final do dia agradeço, “Deus, obrigado por ter saúde”. A morte pede socorro em nosso país. Não tá dando conta de atender a demanda. Não precisamos apenas de novos cemitérios, carecemos de mais amor. Muitas vidas seriam poupadas.
A coisa de uns quatro meses, uma pessoa foi diagnosticada com leucemia. Como todas as pessoas acometidas deste mal, correu com sua fé buscando viver mais. Não obteve êxito e jovem foi, é assim para todos, um dia todos vamos.
As chances de uma medula ser compatível é pequena, porém existe. Agarrados a delicia de viver, todas as pessoas solidárias buscam ajudar. Doar a medula é ser pai ou mãe de uma vida, esta já viva. Assim todos têm uma certeza, logo-logo encontraremos uma medula compatível.
Rádios, tevês, redes sociais, jornais, a mobilização de todos é contagiante. Será uma questão de tempo e a vida vencerá. Já no primeiro mês foi conseguido um numero expressivo de doadores.
Um pouco de sorte e... Não é bem assim explica o funcionário responsável pela coleta da medula. Apesar de toda movimentação, há limitações para que seja feita a coleta.
Há protocolos para se fazer a coleta. Assepsia, material descartável, observação do produto coletado, cadastro, cuidados médicos com o doador, uma infinidade de normas aceitáveis para a coleta.
Vencidos todas estas observações, há outras. Determinada região do país faz X coletas mês, noutra bem menos. Para que este numero seja mais equilibrado, devesse investir em campanhas.
A região X, que recebia um determinado número de doações, teve este reduzido para metade. Por que disto?
Na lógica, as verbas são insuficientes. Deste modo, não se consegue divulgar a campanha e manter a coleta do material, tendo que priorizar uma à outra.
Burocracias, entraves, má distribuição de verbas, nada disso faz sentido. A vida em primeiro lugar.
Caso fosse a sua vida, que preferiria, bancos de coleta de sangue ou elefantes brancos travestidos de estádios, estradas, e outras aberrações?


Paulo Cesar

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