terça-feira, 13 de junho de 2017

Tô certo ou tô errado



Tô certo ou tô errado

Um famoso jargão de Sinhozinho Malta (Lima Duarte), na novela Roque Santeiro. Levava a crer que não se poderia discutir sua opinião, ele estava sempre certo. Este “certo” conforme sua vontade e seus interesses. Uma ditadura democrática, bastaria seguir sua opinião.
Tendo em vista esse tipo de “democracia autoritária”, é certo qualquer pessoa fazer justiça?
Aquele que faz justiça por outra pessoa, age certo tomando as dores daquele?
Um ministro do supremo tribunal federal toma decisões, estudou anos para isto, pode errar?
Carregar uma “cicatriz” a vida toda, por algo que você fez errado na juventude é certo?
 Como ou quando teremos uma sociedade harmônica, justa?
¹Um garoto acusado de uma atitude anti-social, sofreu uma penalização. Está imposta sem qualquer direito de defesa. Foi pego em flagrante. Sua pena, uma frase; “eu sou ladrão e vacilão”.
Com base no vídeo, o acusado de “ladrão” roubou a bicicleta de uma pessoa. Esta não tinha uma perna. E a comoção do momento, fez o “juiz” apená-lo por seu livre arbítrio.
A pessoa que sofreu a sansão por seu ato, vai carregar a cicatriz por sua vida toda. Duas na verdade, uma física e outra moral. Será sempre lembrado como “ladrão vacilão”.
“É de pequeno que se torce o pepino”. O mundo seria mais sociável caso esta verdade fosse plena, afinal depois que errou, impõem-se uma pena e teoricamente as pessoas nunca mais erram. Porém as coisas não são assim. Imagine quantas vidas seriam poupadas, caso depois de pego, quem infringiu a tranquilidade em sociedade, não voltasse a delinquir. As famosas leis de Deus, quantas nos dez mandamentos, estão diretamente ligadas a viver bem em sociedade?
Levando-se em conta que estas foram feitas, haja visto que a coisa já não “tava boa” e não continua ruim. “Fazer leis” parece sem sentido. Todo esse tempo se passou e o ser humano não muda. Repristinar é próprio nosso.
O que fazer então? Conviver em harmonia com os desacertos que acontecem todo dia em sociedade? Esperar que a pessoa que errou um dia não cometa mais aquele ato? Como conviver em acordo com decisões erradas, do ministro ou do anônimo? As penalizações, como aceita-las próprias para reabilitar quem errou?
As respostas para estas perguntas, todos sabemos. Basta amarmos uns aos outros e não teremos mais estas situações.

Paulo Cesar


¹blob:https://web.whatsapp.com/fa3bcae4-4540-4c6c-b3f8-711414ab3e66

Sabia disto



Sabia disto

Há inúmeras campanhas para ajudar pessoas em situações difíceis. Campanha do agasalho, para doação de livros, doação de alimentos e muitas outras. Não há que se eleger uma prioritária, todas têm o porquê de pedir ajuda. Entretanto, há algo que não se amolda as campanhas. Um limite naquilo que será arrecadado.
E fica pior, quando há um número que não possa ser ultrapassado. Uma pessoa com leucemia, corre atrás da medula que lhe estenderá a vida. Caso não exista o doador compatível, seus dias podem ter uma contagem regressiva. O que fazer?
Quem passou por isto sabe, é desesperador encontrar quem possa ajudar. Todos se unem para que a vida continue. As redes sócias são bombardeadas, campanhas aqui, acolá, radio, teve, panfletos, tudo que possa ser imaginado é feito. Depois de um tempo no campo de batalha, muitos voluntários querendo ajudar, você tem uma notícia inacreditável. O banco de sangue só aceita uma determinada quantia de doadores mês, mais que isto, o material deve ser encaminhado a outro local para coleta.
Quer dizer, você virou sua vida de ponta cabeça. Largou emprego, vendeu carro, emprestou grana para a campanha, afim de um ato nobre e... E este nobre ato não pode ter mais que cinquenta (exemplo apenas), doadores querendo ajudar. Até pode, mas deve ir a outra cidade. No mês que vêm à mesma coisa, só cinquenta. A primeira coisa lógica é desaforar o funcionário que lhe diz isto, mas qual a culpa dele? Não faz as leis.
Qual justificativa para a limitação, gastos? A região X do país coleta determinada quantia de medulas, a região Y outra. Para que as coletas sejam proporcionais, os órgãos responsáveis pela obtenção deste material, diminuíram a coleta nesta região. A verba destinada é realocada e em outra região e vira campanha para obter novos doadores. Há uma prioridade só, receber doadores, sejam quantos forem e de qualquer região.
Como entender, aceitar, que seu pai, filho, tio, amigo, enfim, aquela pessoa que precise de ajuda, não receberá apenas por que não há grana?
Poxa, que país é este, você faz das tripas coração para ajudar quem precisa e um Zé ruela diz, “o país precisa de copa do mundo”. Ou, “tive sorte e ganhei na mega sena”.
São tantas as mediocridades ditas que olha, só Deus na causa.
Porém como dito uma vez; “pai perdoe-os, não sabem o que fazem”.  


Paulo Cesar

A morte pede socorro



A morte pede socorro

Como bom e pobre mortal, ao final do dia agradeço, “Deus, obrigado por ter saúde”. A morte pede socorro em nosso país. Não tá dando conta de atender a demanda. Não precisamos apenas de novos cemitérios, carecemos de mais amor. Muitas vidas seriam poupadas.
A coisa de uns quatro meses, uma pessoa foi diagnosticada com leucemia. Como todas as pessoas acometidas deste mal, correu com sua fé buscando viver mais. Não obteve êxito e jovem foi, é assim para todos, um dia todos vamos.
As chances de uma medula ser compatível é pequena, porém existe. Agarrados a delicia de viver, todas as pessoas solidárias buscam ajudar. Doar a medula é ser pai ou mãe de uma vida, esta já viva. Assim todos têm uma certeza, logo-logo encontraremos uma medula compatível.
Rádios, tevês, redes sociais, jornais, a mobilização de todos é contagiante. Será uma questão de tempo e a vida vencerá. Já no primeiro mês foi conseguido um numero expressivo de doadores.
Um pouco de sorte e... Não é bem assim explica o funcionário responsável pela coleta da medula. Apesar de toda movimentação, há limitações para que seja feita a coleta.
Há protocolos para se fazer a coleta. Assepsia, material descartável, observação do produto coletado, cadastro, cuidados médicos com o doador, uma infinidade de normas aceitáveis para a coleta.
Vencidos todas estas observações, há outras. Determinada região do país faz X coletas mês, noutra bem menos. Para que este numero seja mais equilibrado, devesse investir em campanhas.
A região X, que recebia um determinado número de doações, teve este reduzido para metade. Por que disto?
Na lógica, as verbas são insuficientes. Deste modo, não se consegue divulgar a campanha e manter a coleta do material, tendo que priorizar uma à outra.
Burocracias, entraves, má distribuição de verbas, nada disso faz sentido. A vida em primeiro lugar.
Caso fosse a sua vida, que preferiria, bancos de coleta de sangue ou elefantes brancos travestidos de estádios, estradas, e outras aberrações?


Paulo Cesar

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Você esta olhando a bunda certa?



Você esta olhando a bunda certa?

Atenção muita atenção, tá bom já que você presta atenção saiba, ainda não é suficiente. Preste mais atenção, que tal parar de se importar com a bunda alheia, aquelas que usam do seu direito, sentar nos bancos do transporte coletivo. E não deixam vagos os acentos para idosos, afinal todos cansam.
Se ligue noutra coisa, o que você acha das vantagens de ser aposentado no Brasil. Você "pode" ter direito ao acento se alguém tirar o popozão, afim de que, você deixe o seu descansando.  Enquanto pensar assim, na bunda dos outros, nossos políticos se fartam com benesses, auxílios, ajudas, super aposentadorias e outras falácias. Afinal de contas você não esta preocupado com a sua, se estivesse, não deixaria que fizessem o que estão fazendo com ela.
Que tal fazer algo, ao invés de criticar uma pessoa cansada de trabalhar o dia todo e não ter conforto ao retornar para casa, só quer descansar. Como todos têm direito ao mínimo de conforto, seja homem, mulher, criança, idoso, todos pagamos por isto. O idoso a vida toda. Só apontar o dedo e ter discurso politicamente correto, não vai mudar nosso país.
Agora, parar de reeleger esses cancros sim pode dar dignidade, educação, conforto e outras vantagens, pagamos para tê-los. Em todas as áreas, não só ônibus, mas também em hospitais, creches para nossos filhos, boas estradas e outros, são direitos nossos.
Só ficar bradando aos quatro ventos, por achar ridículo uma pessoa cansada, não dar preferência, mais conforto a outra. Soa sem pé nem cabeça ante o ato de reeleger. Aceitar os absurdos cometidos pela reeleição, isto sim é politicamente imoral, errado.
Importe-se com isto, com o tempo de contribuição para sua aposentadoria. Sabe que esta vai levar a vida toda. Corra atrás de coisas mais necessárias a sociedade, também acentos, mas priorize outras.
Tá todo mundo com a bunda na reta, quando o assunto é reeleição, não apenas os idosos. Não sente ela nesta idéia, vai acaba ardendo pra todo mundo.


Paulo Cesar

terça-feira, 6 de junho de 2017

Os mortais



Os mortais

Há coisas que apenas mortais são capazes de executar, outras típicas apenas dos pobres mortais. Como diferenciá-los? Fácil, um pobre mortal é um... pobre de espírito, de atitudes, falta delas, e muitas delas olha, têm que ser muito mané pra fazer aquilo. O cara faz uma coisa, se acha e dá publicidade, ou seja, assinatura com firma reconhecida.
Doutro lado da moeda temos os mortais, filhos de Deus, importa-se com a vida, a qualidade desta, o que cada um faz com a sua, ajudam quem precisa, deitam tranquilos toda noite e têm o sono dos justos. 
Bora lá “lembrar duns” pobres mortais? João A., “Deus me ajudou e ganhei dinheiro...” político querendo justificar seu patrimônio. Outro disse que tinha aquilo roxo, saiu esperneando e blá blá blá pra todo lado, quando voltou, de novo, meteu a mão e todos estamos roxos de certeza, é ladrão. E aquele “todo todo”, fez, sentou em cima e saiu arrogante dizendo, “assumo, a culpa é minha”. Dá pra apostar sete por um, que não falou isso ao empresário russo.
Há outro famoso mundo afora, que logo logo vai sentar na cartucheira. Quer construir um muro, não quer limpar o planeta, quer que os outros paguem por sua segurança, ai ai ai aiiiii. Hora dessas o pessoal ergue o muro e enche ele de embargo, eai?
Uma linda moça saiu com um cara e na brincadeira a filmagem cai na rede. Somos todos de carne e osso, transar é muito bom, temos nossas particularidades. Filmar, lugares diferentes, na piscina e outras doideiras. Taras? Desejos? Pontos fracos? Fortes, enfim coisas nossas. E quem não for assim, atire a primeira pedra.
Entretanto, alguém recebeu esta filmagem e passou “pra todo mundo”. Pra que isto? Que você tem com a intimidade dos outros? É inveja de quem repassou? Será que gostaria de estar no lugar dela? O que justifica isto? As pessoas têm família, imagine um irmão dela bravo, vai dá-lo bela e na cara, mas quem fez isto merece.
Pobres mortais para serem grandes, precisam pisar nos outros para ter os holofotes. Já os mortais não se importarem com a fama. Isso os torna diferentes e atrai a inveja dos pobres mortais.


  
Paulo Cesar