Quem assistiu Shrek sabe, em um
determinado momento do filme, ele e o burro precisam atravessar uma ponte. Não
é uma ponte qualquer, é daquelas de madeira, corda e com um rio de larva sob
seus pés. No meio da travessia o burro olha para baixo e decide voltar,
contudo, Shrek o “convence” a terminar a travessia. Quando chega ao outro lado,
o burro diz que foi fácil e está feliz por estar em um porto seguro.
Podemos fazer uma analogia usando
este trecho do filme, com um casamento. Imaginemos que um casal aos vinte e
três anos de idade, decidem se casar. Passados quinze anos juntos, resolvem
separar, o que fazer? A resposta mais óbvia, separar. Segundo estudos, a
população brasileira tem uma estimativa de vida, próxima aos setenta e seis
anos. Somados a idade do casal quando decidiram se casar, mais os anos que
ficaram juntos, chegamos de novo aos setenta e seis. Coincidentemente, a atual
expectativa de vida dos brasileiros.
Então, imagine que este casal por
medo dos costumes da sociedade, por achar errado a separação, ou qualquer outro
motivo, continuem casados. Irão dividir a infelicidade, por quase quarenta anos
juntos.
Quer dizer, eles terão que se
suportar, viver juntos sem amor, sexo gostoso, afinidade, cumplicidade apenas
por que não decidiram cruzar a ponte. E resolveram voltar, por medo de não
buscar ser feliz do outro lado.
A vida imita a arte ou a arte
imita a vida. Cruze a ponte, você não fará um novo começo, não se amam mais.
Contudo, você pode fazer um novo fim, com outro amor.
Atravesse a ponte.
Paulo Cesar
Nenhum comentário:
Postar um comentário