Enfim descobri, por que você me
faz tão bem.
A resposta, tal qual Paula
Toller,
tira essa leg que eu quero você,
séria.
Quando sai de si e roda a baiana,
pareço um peão de rodeio,
feliz e sem medo de encarar o
perigo.
Que é você, em quatro paredes.
Ahhh..... não tem nada de química,
quebra de contrato,
contos de fada, aqui sua vontade,
sua fome,
separa a presa e eu homem, morro
dentro de ti.
A predadora voraz, imperceptível,
perfeita.
Inocente, não percebo e sou
digerido por seu mal gostoso
e isto não deveria acontecer,
afinal, estou no topo da cadeia
alimentar.
Rssss... quanta ilusão de ótica,
falácias, miragens.
Enfeitiçado, não percebo suas
presas e garras
agindo, me dopando com seu
prazer.
Deixou me viciado em você,
hoje quero a todos os dias,
noites,
de muitas maneiras
e incontáveis vezes.
Não que eu seja o culpado, apenas
não respondo por tudo,
que seus pecados me obrigam fazer.
Iludido, amordaçado, hipnotizado,
ajo como você quer,
caso soubesse o prazer que me proporciona,
não abusaria como faz toda vez que
me ama,
suas ações, se soubesse quanto prazer
me dá,
seria mais prudente,
menos mundana.
Quando queimo minha língua com
seu suor gostoso,
quentinha, úmida.
Peralta, sabe o que está me
causando,
aumentando meu desejo por ti.
Não é justo, já que entorpecido, vou
querer de novo,
bis, outra vez.
E a viúva negra me espera sabendo,
mais uma vez vai se alimentar
desta presa fácil
que você me fez.
Viciado e sem forças,
sei o que vai acontecer, de novo
e de novo,
vai me prender em sua cela.
Bom, espero que os direitos
humanos nunca descubram,
como você me consome
e se alguém falar qualquer coisa,
que pode me livrar desta prisão,
eu me reservo ao direito,
dever, de ser maltratado,
perpetuamente por seu prazer.
Paulo Cesar
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