Uma
mosca na janela.
Ao
observar uma mosca presa, entre vidros de uma janela, chegasse a uma conclusão
óbvia. Como são burras, não há como sair. Enquanto não forem afastados os
vidros, ela estará fadada a ficar naquele lugar. Se aberta a janela (por quem
fechou), sairá, caso não, será uma questão de tempo e irá morrer. Porém, por
que ela não para de tentar sair, de um local, que ela não vê fechado?
Parece
que a mosca não sabe que é burra. Falta a ela um sentido lógico, qual este? A
visão? Não, moscas têm muitos olhos, enxergam bem. Tato? Também não, elas têm
noção de lugares quentes ou frios. Na verdade, não parece que qualquer sentido,
próprio do ser humano, ajudaria a mosca a sair daquele lugar. Logo, se a mosca
fosse inteligente, sua chance de sair, seria significativamente majorada.
Analisando
deste modo, falta logicamente, inteligência a mosca. Porém, um aparelho
ajudaria esta a sair da clausura? Pode ser que sim, ou não.
Caso
fosse possível dar a mosca, um artefato que cortasse o vidro, esta usaria?
Talvez com muito treinamento até conseguisse. Entretanto, como moscas vivem
poucos dias, a tarefa torna-se quase impossível. Todavia, se obtivesse êxito, o
buraco seria do tamanho próprio para ela? Bom, ai teríamos que ensinar
matemática, física e; chega, deixa para lá, ela não sairia.
Então
moscas fazem parte do universo, para viverem poucos dias e morrer entre vidros?
Não, também não está como um adorno neste “mundão sem fim”. Parece mais fácil
aceitar que a mosca, é uma das bilhões de espécies de vida, neste planeta, que
não sabe o que há depois da morte. Entretanto, moscas não devem querer saber, o
que há depois da morte.
Já
a humanidade, discute isto há milênios. O que há depois que sairmos daqui? A
resposta? Não sabemos. Fazendo uma comparação, lembra a mosca querendo sair de
um lugar fechado, que burra, ela deveria saber que há um momento certo. Qual este, quando alguém abrir a janela. Logo, falta-nos algo, para
encontrar a resposta sobre o que há depois da morte. O momento certo.
Entretanto, caso viéssemos saber as respostas,
quem pode afirmar que aquele lugar, é melhor que aqui? Caso não seja, daria
para desfazer a jornada? Afinal, vai que é pior.
São
respostas atemporais. Quer dizer, porque saber algo, que há humanidade não está
apta, a entender. Como há milhares de anos, onde as melhores respostas, ao que
existia depois das estrelas, era o éter. E o que era o éter? Bom, isto já não
importa, afinal, o éter deveria sanar as questões.
Contudo,
se fosse dado às pessoas da época, um telescópio, iriam ver muitas estrelas.
Assim, saberiam que não é o éter o “fim do mundo”. Há algo além. Hoje dizem que
o “além”, pode ser um circulo. Quer dizer, se uma pessoa sair daqui e for
caminhar pra encontrar o fim do mundo, voltará de onde partiu. Ou seja, o fim
do mundo é aqui mesmo.
Então,
voltando à mosca, a vida dela é vagar por ai. Para que serviria uma ferramenta,
se ela não sabe usar? Para nada. Por que sabermos de uma resposta, que não
interessa a esta etapa da vida? Também para nada.
Para
estarmos aqui, neste planeta hoje, pode há humanidade um dia ter sido mosca.
Que sem inteligência, não sabe quebrar um vidro, furar.
Porém,
caso a mosca tenha evoluído, em sua vida, a partir de uma grama (aquele “matinho”
que adorna nossos jardins). Quantas diferenças entre uma mosca e uma grama? Uma
não sai do lugar a vida toda, chovendo, sol de rachar, frio, todas as
intempéries do tempo e esta paradinha. A mosca vai para qualquer lugar, procura
frio, calor, comida, água, parece ter uma vida mais feliz que a grama.
A
mosca como a grama, não percebem suas diferenças, na escala evolutiva. Assim fica
fácil entender a humanidade, frente à mosca e a grama, porém, atrás de quem? Já
que nós vemos a falta de inteligência da mosca, o que nos falta na escala
evolutiva, que só saberemos após a morte?
A
inteligência nos faz muito superiores, a mosca e a grama. Uma não sai do lugar,
a outra vai para onde quiser, porém, burra, não sabe "abrir uma porta".
Isto parece limitações próprias da evolução. Parece lógico então, quando morrermos, “iremos ao paraíso, éden, outro plano, ou seja lá qual for o nome de sua doutrina”. Um lugar onde na evolução, seremos melhores que hoje. Comparando quão melhor é o ser humano, frente a uma grama e uma mosca, depois da morte, nesta lógica, o céu deve ser uma maravilha.
Isto parece limitações próprias da evolução. Parece lógico então, quando morrermos, “iremos ao paraíso, éden, outro plano, ou seja lá qual for o nome de sua doutrina”. Um lugar onde na evolução, seremos melhores que hoje. Comparando quão melhor é o ser humano, frente a uma grama e uma mosca, depois da morte, nesta lógica, o céu deve ser uma maravilha.
E
aqui pode residir o porquê, de não sabermos, o que há depois da morte.
Ninguém
vai querer voltar a ser grama ou mosca. Então, vamos aceitar o mundo como ele é.
E vamos deixe a morte no canto dela, por muito tempo.
Paulo Cesar
E vamos deixe a morte no canto dela, por muito tempo.
Paulo Cesar
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