Deus
não cobra imposto
Não
sabemos de onde viemos, ou para onde vamos, mas para ficarmos neste planeta,
precisamos pagar por nossa estadia. Seria o imposto de Deus? Deve ser, porque
há o municipal, estadual, nacional e o das igrejas, celestial?
Sei
não, acho que deveríamos parar de procurar, de onde viemos e para onde vamos.
Vai que a gente encontra, isso poderia aumentar nossa carga tributária. Imagine
além dos habituais, ainda termos, imposto Estrelar, Galáxial, Universal ou
“multi-universal”. Este último se for por área construída, ai “fio”, haja
reencarnação para quitarmos a dívida. “Nem que se aposente no Brasil”.
Entretanto,
como Deus não faz lobby com o diabo. Nem dá aposentadorias especiais, ou
cumulativas. Temos todos, a chance de, depois da vida, desfrutarmos de uma
previdência justa. Para isto, devemos fazer algo, que em todas as doutrinas, é
comum, fazer o bem, ser gente boa com todo mundo, viver em harmonia. Nada de
roubar, matar, enganar as pessoas, devemos conviver, respeitando o espaço do outro.
Precisamos
ajudar as pessoas, isto é palavra de ordem entre as religiões. Amar-nos uns aos
outros. Se uma pessoa esta doente, ou sofre com uso de com drogas é alcoólatra,
não se adéqua ao convívio social. Devemos por em prática, um dos ditados mais importantes
da humanidade e de todas as doutrinas; “é meu irmão, vou ajudar”.
Vendo
dessa forma, aqui cabe o imposto tido como sendo celestial, ajudar, fazer o
bem, não importando a quem. Isto, é a garantia de uma aposentadoria justa, com
Deus.
Caso
as pessoas agissem assim, acabariam as divergências entre doutrinas, igrejas,
guerras em nome de Deus, que este é melhor do que outro. Pelo simples fato, ao
invés de uma montoeira de deuses, teríamos um só Deus.
E
nesta pluralidade de deuses, cada um desses, segundo seus idealizadores, para
ser melhor que o outro, precisa de um templo nababesco, digno de refletir seu
poder. Na troca por miúdos, o tamanho da igreja, pode mostrar a força de um deus. Logo, um altar e umas velas, não seria de um deus lá grandes coisas. E deus meio fraco, não tem muitos seguidores, pouca arrecadação e isto não é bom
para os negócios.
Assim,
quanto mais a igreja for imponente, bem localizada, ampla, cheia de fieis, mais
acreditasse que seu deus é bom. Se o representante desta, morar em uma
cobertura em Roma, ir do “escritório” para casa de helicóptero, for dono de
rede de teve e outras extravagâncias, mais o povo colabora para sua doutrina.
E
para que tudo isto aconteça, tchan tchan tchan, adivinha, é preciso arrecadar
contribuições, “dadas voluntariamente”. Tais como, se você quiser casar,
precisa estar com tudo quite na tesouraria. Se você quiser que seu filho vá
para o “céu”, contribua. Para que Deus olhe por ti, contribua. Caso você vá
construir sua casa, adquira o cimento purificado, um quilo (100nhão) e sua
residência será abençoada. Caso seu carro, tenha um motor um ponto zero, dê
para a obra, compre outro, de preferência, quatro ponto cinco turbo, assim, você
vai subir qualquer ladeira (essa é meio que chover no molhado).
É
tanto ajude, contribua voluntariamente, trabalhe de graça para a obra, que
lembra até, ISSQN (imposto sobre serviço de qualquer natureza). Parece assim,
paga (ops contribua) ou manda, pode também autorizar, que vamos buscar seu dim
dim.
“Tá”,
mas cadê esse edital, que autoriza ou especifica, essas cobranças todas? Quem
venceu? É da época do Lula? Caso seja, tem os três por cento dele. Se bem que
Lula, não tem essa idade toda. Mas depois daquela do filho, que trabalhava num
zoológico e hoje tem jatinho, bom, melhor não descartar a hipótese.
Agora
vamos pensar um pouco, para um ateu, como é o mundo dessas pessoas? Mais feliz,
não precisam pagar (contribuir), como os cidadãos que creem em Deus.
Poxa,
mas os ateus, não contribuem para a obra. Então, vão todos para o outro lado?
Só por não contribuírem, não, eles podem não ter a salvação, por crerem que Deus
não existe. Por não contribuírem com doutrinas que pedem dinheiro, eles na
verdade, podem fazer investimentos mais interessantes. Viajar, a pagar para o
pastor viajar, de jatinho próprio. Construir sua casa, a ajudar a obra, que
paga salário confortável, para que um representante desta doutrina e tenha
cobertura em Roma. Esta pessoa também, ao não comprar, sal, cimento, vassoura
ou quinquilharias ungidas, pode gastar seu dinheiro, com um filho, que faz
faculdade. A pessoa, não crê em Deus, porém, vive em harmonia com a sociedade.
Não mata, não rouba, não cobiça a mulher do outro, não é fofoqueiro, respeita a
todos sem preconceitos, quer dizer, é um cidadão exemplar.
Será
que o Deus único, pregado por muitas religiões, não está na verdade é feliz,
com este cara? Vendo assim, faz sentido, que muitas religiões digam; “esta
pessoa não vai para o céu”, afinal, não dá lucro para esta doutrina. E quem
não contribui para a obra, não interessa aos negócios.
Então,
este não vai para o céu é dos deuses capitalistas. Mas e o Deus que trouxe ele
ao mundo? O ateu, não vive as regras das doutrinas capitalistas, porém, vive as
regras de uma sociedade justa, honesta, em harmonia com os preceitos de Deus.
Ainda,
as pessoas que creem em Deus, todas devem ter um logotipo, marca registrada,
algo que a marque, como desta ou daquela doutrina. E se a pessoa, não se amolda
a qualquer doutrina e vive como ela vê Deus, também será condecorada como não
crente em Deus?
Isto
posto, ou suposto isto, pensando bem, a aposentadoria com Deus faz sentido. E
não há imposto com Nosso Senhor. Há na lógica divina, apenas uma coisa que
agrada a Deus, “dê-me a mão e meu irmão será”.
Este é o imposto de Deus, melhor, proposto por Deus.
Paulo
Cesar