Algumas
palavras quando ditas por certas pessoas, tem uma força muito grande. Lembram conselhos de avós; ˝... empenhou a palavra tem que cumprir..˝ e continuava ″um homem
sem palavra não vale nada...″ há muitas delas. Mas isso era lá nos anos áureos da dignidade
humana. Hoje mesmo gravado, se não houver testemunhas, papel assinado,
registrado em cartório e com avalista, pode não dizer nada. Se aquela época a
pessoa fizesse algo que desabonasse seu crédito, ″abandona o barco″, naquele
lugar não compraria nada para deixar no ″prego″. Sua palavra não teria peso.
Seria preciso o empenho de outras pessoas para que este voltasse a gozar do
status de ″bona gente″ junto à localidade.
Isso
lembra ″Namoro de Sítio, música do grupo Os Monarcas″ o refrão diz assim; ˝... mas
isso era naquele tempo...˝ Pois é, o tempo passou e o fio do bigode ficou
obsoleto, sem valia. Hoje a pessoa faz e acontece, em muitos casos é comprovado
por A mais B que é culpado, que deve, mas, sai se dizendo vítima. O que
justificava a aceitação do crédito daquela pessoa, à comunidade, era o apoio e moral de quem avalizava. De nada valia vinte pessoas abonar quem
não cumpriu sua obrigação, se estas fossem farinha do mesmo saco.
Isto
faz lembrar uma situação bem atual. Pessoas hoje lutam pela permanência de
outros no poder, mas também são investigados. ″E ai″, em quem acreditar? Quem
defende tem o rabo preso, quer dizer, seus votos de avalistas não tem peso
algum. E a solução parece lógica, trocar todos, assim a população confiará plenamente
no novo governo.
Em
entrevista, Michel Temer falou sobre dois integrantes do governo ser alvo de
investigação da lava jato e justificou; são apenas investigados, não há nada
de concreto. Mas e se houver algo contra estes? Depois com foro privilegiado
será complicado. Ou será que isso já não é uma jogada com vistas à frente? Uma
alternativa de fuga, plano B. Também a manutenção de todos estes Ministérios
soa como política de boa vizinhança, lobby para aprovação de projetos do
governo. A população queria uma redução destes para quinze, vinte.
Ah
se fosse naquele tempo, ninguém destes ao poder usariam do prego, são todos
farinha do mesmo saco.
Paulo
Cesar
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