Como vejo o mundo da minha janela,
prazeroso, gostoso, cheiroso,
como um chá de macela.
Otimista como sou, vejo o mundo
em uma transformação de fazer inveja a qualquer deus. No mundo que almejo
amanhã, não há guerras por um pedaço de terra. Injustiças por má distribuição
de renda. Uma pessoa posando de rei, pelo gol que fez, uma cesta, ou foi
agraciado com um lance de sorte. No mundo perfeito da minha janela, tudo,
todos, vivem em lugar agraciado por Deus, bonito por natureza e perfeito para o
homem.
Porém, como aceitar o mundo que
vivemos, como sendo o melhor, propiciado do homem, para o homem?
Como respeitar pessoas que se
autodenominam justas, tomando atitudes como as corriqueiras da política?
Como ver hombridade em atitudes
de um presidente da casa de justiça de um país, que vê como normal, fazer exigências
sobre a comida que prefere, a bebida que aprecia (pagas pela população). Sabendo
que, em muitos hospitais do país (que ele dá seu veredito sobre
justiça), morem pessoas por falta de atendimento digno. Não por culpa do
profissional que atende o moribundo, porém, sim ante suas limitações em fazer o
trabalho que se especializou, por não existir verbas, para a compra de
material. E Zorro arremata: a manteiga deve ser queimada. Isto não parece
humano, quiça justo.
Como vejo o mundo da minha
janela,
tudo é igual, justo, aqui, ali ou
acolá
não há diferenças se quer nas
panelas.
Entretanto, há leis preferências
no mundo do lado de lá...
... que só privilegiam seus
autores. Ahh!!!!!!!!... mundo vasto mundo, se me chamasse Raimundo. É o fim da
rosca mesmo, bom, vamos de Roger, apenas rimar.
Contudo, se ao sabor de justiça do
congresso nacional,
vai ser difícil, então, vamos de
palavrão, deputado federal.
O Brasil para ser um país melhor,
deveria ter dirigentes poéticos. Não estas bestas assassinas, que apenas puxam
a brasa para suas sardinhas. Como nossos políticos podem pensar, agir e achar
justos seus atos.
É difícil pressupor que um
deputado deite e durma o sono dos justos, aprovando uma lei absurda, como o
aumento do seu salário. Ou, que o judiciário veja justiça em banquetes, com
vinhos minimamente premiados. Onde há lealdade ao eleitor, executando um elefante
branco, barrando a educação?
O mundo como eu vejo da minha janela
é feliz, justo, lindo, verde e
amarelo,
com um sabor de caramelo.
Porém, isto são águas passadas,
hoje, em dois mil e vinte e nove. O gigante pela própria natureza acordou e
reflete o impávido colosso, que dormiu até dois mil e dezenove.
Como eu vejo o mundo da minha janela?
Como um poeta...
... neste mundo não há diferenças,
com uma lógica fácil de perceber, todos têm a mesma crença.
O verbo igual é conjugado em uma única pessoa
e no singular, nós somos iguais,
caso seja outra flexão, não é nós.
Paulo Cesar