Lembra aquela fila que os pais
ficam dias, em frente ao colégio, buscando vagas para seus filhos? Outras
estranhas, como a de corpos em um IML, porque uma barragem se rompeu. Algumas
são esquisitas, filas de processos contra políticos com ficha suja no
congresso. Outra fila sem pé nem cabeça, é a de pessoas sendo despejadas,
porque o condomínio vai cair, no caso em questão, condomínios de pobre, por que
de rico não cai. Pior ainda, estes condomínios sociais, muitas vezes custam o
dobro para os cofres públicos.
Será que o cimento é outro? Ou as
construtoras “enfiam ferro ruim” nos pobres? Não “né”, aqui mora uma das
galinhas dos ovos de ouro da política. Da se a sociedade um monstrengo e se
superfatura a obra. Assim sendo, os políticos envolvidos ganham duas vezes. Na
obra que lhes forneceu propinas e as próximas eleições, seus nomes serão
lembrados nas urnas.
Depois de poucos anos a obra cai
e começa tudo de novo. Superfaturam a obra outra vez e as pessoas são
reeleitas, não se acham os culpados, geralmente a construtora vai à falência.
Para resolver o problema, fazem outra obra, superfaturam, cobram propinas,
fazem um social e seus nomes são lembrados as urnas. Alguns anos depois, os
condôminos são despejados e... Eita coisa doida isto, faz lembrar Barão de Itararé,
o Brasil é feito por nós, basta desatarmos os nós.
Porém, voltando à fila, há muitas
outras que apenas atrasam o crescimento do gigante adormecido. Contudo, como
identificar o porquê de todas estas filas? Ou, por que estas afetam mais
facilmente a classe operária do Brasil. No outro lado da moeda, por que a
classe mais abastada, não entra nestas filas?
Já viu rico dormindo em porta de
colégio, para garantir vaga para seu filho estudar? E nem vai ver, ele coloca
seu filho em colégio particular. Ou rico na fila do SUS, para agendar uma seção
de quimioterapia? Quem fotografou em um hospital, uma pessoa de posses, em uma
maca por falta de UTI? Não será possível isto, o rico tem plano de saúde e se
ficar doente, vão até de helicóptero buscar a pessoa.
Entretanto, é culpa dessas
pessoas ter o privilégio de não usar estas filas? Não, estas pessoas trabalham
muito, para poder usufruir destes luxos.
A capacidade de um, não justifica
a classe social menos favorecida de outro.
Entretanto, o estado existe para
dar guarida à sociedade, sem privilegiar qualquer classe. Ou seja, o hospital
que atende uma pessoa, deve atender o restante da população, usando dos mesmos
recursos.
Contudo, porque um hospital é
diferente do outro? Por que condomínios de pobres caem e de ricos não? Por que
não há filas, em colégio de ricos?
Muitas respostas cabem como no
exemplo do condomínio, ou seja, enrolação. Verbas mal alocadas, compras
superfaturadas, pessoas incapacitadas para o cargo que ocupam, a falta de um
profissional apto, a operar um equipamento, e muitas outras coisas que não
funcionam, por que o país é mal gerido.
E uma das respostas mais
interessantes, do por que deste gerenciamento ineficaz, reside no fator
previdenciário. Pode parecer estranho, contudo, é lógico. O governo, ao pagar
uma quantia irrisória, para que o médico atenda um paciente do SUS, força o
profissional a ter seu próprio consultório. E só pessoas ricas, podem pagar a
consulta.
Bom, mas isto parece fácil de
resolver. Basta que o governo pague mais para os médicos, que trabalham para a
população. E por que isto não acontece? Por que a previdência social, precisa
pagar as aposentadorias. Pronto, resolvida à questão. Basta parar de pagar os
aposentados.
É, pode até parecer um absurdo,
contudo, pensando bem, é a melhor opção.
O dia que a sociedade parar de
exigir aposentadorias justas e contribuir para um fundo privado de pensão,
perceberá que sua qualidade de vida vai melhorar e muito. Por um motivo bem
simples.
O governo recolhe de cada
trabalhador, certa quantia em dinheiro, com a finalidade de devolver, quando o
contribuinte, completar um determinado tempo de contribuição. Contudo, o
governo é o mais favorecido nesta divisão. Paga aos servidores do estado,
aposentadorias desproporcionais, com relação a que paga ao trabalhador comum.
Este, o grande contribuinte da previdência social. Quer dizer, classe operaria
paga mais e recebe menos.
Há muitos aposentados do estado,
que recebem algumas centenas de milhares de reais. Já o trabalhador comum,
recebe menos de mil.
Analisando friamente, a sociedade
não ganha nada com a aposentadoria. O salário é indigno e a pessoa precisa
continuar trabalhando. Porém, a perda maior não é esta, o valor recebido.
Para manter a previdência social,
é necessário tirar dinheiro de outras áreas. Como a saúde. Desfalcando este
setor, as pessoas ficam sem hospitais, pois seus recursos foram desviados para
pagar aposentados. O médico, recebendo um salário pouco expressivo, abre um consultório
e o trabalhador assalariado, não pode fazer sua consulta, pois o valor cobrado
é muito alto. Vai para o SUS, lá, vai precisar ficar um dia sem trabalhar,
acordar cedo, ir para a fila, fazer a consulta e com sorte, se for uma dor de
cabeça, será receitado um analgésico. Se não for isto e precisar de um
especialista, vai perder outro dia de trabalho, depois será agendada a consulta
para daqui um mês ou anos. Quando sair do especialista, terá que fazer exames,
vai perder outro dia de trabalho e enfrentar outra fila. No dia de fazer o
exame, o aparelho está quebrado, ou não há um técnico para operar este. E a
consulta, remarcada. O funcionário anota seu telefone, e três meses depois liga
agendando a consulta, para daqui a quatro meses. Então, a pessoa que atende ao
telefone diz; “não será necessário, o contribuinte morreu”.
Contudo, este foi apenas um
exemplo, do quanto sofre o trabalhador brasileiro. Há muitos outros. Os
colégios que o estado oferece a sociedade, são poucos, mal aparelhados para educar
os alunos, pois caso tivessem boas estruturas, os estudantes poderiam ser
técnicos e trabalhar com o aparelho de quimioterapia. Nesta lógica, pagariam
sua faculdade e isto desoneraria a família, e os pais, poderiam contribuir para
um fundo privado de aposentadoria.
Tomando apenas como exemplos,
saúde e educação, os ganhos a sociedade são inúmeros.
Comparando o condomínio, a
previdência, está é uma ilusão. Ela pega seu dinheiro, promete que vai devolver
um valor justo (como o ilusório elencado no artigo sétimo da C. F.) e divide a
cereja do bolo, entre os três poderes, depois às raspas, a população. Lembra o
condomínio, os políticos prometem uma obra fabulosa, as pessoas os elegem e um
tempo depois a obra cai. Dividem a propina e superfaturam a obra. Depois fazem
outra, outra e outra.
O governo deste país é assassino,
mata a pessoa que precisa de um aparelho de quimioterapia, mata os sonhos de um
aluno que não vai poder fazer faculdade, mata os aposentados de trabalhar, tudo
isto para o bel prazer de suas aposentadorias injustas.
E não pode ser esquecido de outra
coisa. Tudo o que eles têm, é a população que dá a eles nas urnas.
Quer uma aposentadoria justa?
Comece mudando seu voto. Faça você sua casa. Faça você seu pé de meia. Saia do
condomínio, este é uma ilusão.
A previdência sendo extinta, os
aposentados do governo perdem esta teta e você terá mais saúde, mais e educação
e as filas vão diminuir.
Trabalhe você, para gozar sua
melhor idade, com mais saúde e educação. Não espere do governo, ele só pensa nele,
e faz isto se prevenindo com seu dinheiro.
Paulo Cesar
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