sábado, 30 de março de 2019

A luz no fim do túnel é a lâmpada que te guia


O mundo real, não é como os contos de fada. Até as pessoas entenderem isto, leva algum tempo. Contudo, o mundo pode ser uma história linda e o príncipe encantado, pode passar roupas.
Um belo dia, ou um triste dia, as coisas mudam da água para o vinho. Antes disso, você era a pessoa mais feliz do mundo, assentada ao colo de sua mãe, eita lugarzinho gostoso este. No aconchego desta vida, tudo está a sua mão, basta esfregar a lâmpada e seus desejos são realizados. Mãe, eu quero comer batata frita e aquela pessoa sai sorrindo fazer o que você pede. Algumas vezes, você, dono do mundo até abusa dos desejos, mamãe, eu quero acordar tarde. E nenhum som no mundo, vai atrapalhar o sono do anjo dela. Assim a vida corre tranquila, por muito tempo. Porém, como nem tudo são flores, um dia, o Pai da vida, leva sua mãe, aquela que se você precisasse de qualquer coisa, ela traria sorrindo.
E neste dia, você se vê sozinha no mundo e agora meu Deus, o que fazer? Bom, continuar no mundo, mas não sozinha, com a companhia daquela pessoa especial, sempre a seu lado. Afinal de contas, sua mãe ensinou tudo a você, deu seu melhor, apenas para que seus anjos sejam felizes.
Acostumando se a viver sem o gênio da lâmpada, tudo que você quer, tem um preço, buscar, pegar, correr atrás. A lâmpada não apagou, ela foi clarear outros anjos. Bom, a vida continua e você conhece alguém, é feliz e desta união, vêm dois anjos. Contudo, como nem tudo é duradouro, a união se desfaz. E você percebe algo que não imaginou existir. A lâmpada agora é você, há dois anjos precisando que você realize seus desejos. Como fazer? Simples, do modo como minha mãe ensinou. Todos têm dois braços e duas pernas, se eles podem, você também é capaz.
E começa a caminhar, sem nunca olhar para trás, faz como diz a sabedoria, segura na mão de Deus e vai. Ela te sustentará. Apenas vá.
E a coisa parece difícil, complicada, mas não deixe de procurar a luz no fim do túnel, esta é seu porto seguro.
O tempo passa e você quer alguém para ajudar na caminhada com seus anjos, quem poderia ser? Claro, o príncipe encantado que todo amor busca. No cavalo branco, subindo as escadas, pegando você no colo e levando para o mundo feliz, que contam as histórias. Porém, no mundo digital de hoje, isto não é mais uma realidade. Você precisa encontrar alguém que a faça feliz e, sobretudo, seja a pessoa de confiança, que dará banho em seus amores, quando você não puder fazer. Leva los a escola, passear, dar uma bronca se algo acontecer errado, aconselhar, se passar por um pai.
São milhões os requisitos que você espera desta pessoa. Afinal, ela terá em suas mãos, dois anjinhos amados, por muitas pessoas. Como saber quem é o príncipe encantado?
A escolha não será fácil. Você pode até gostar do primeiro príncipe. Mas a prova de fogo, não será seus gostos e sim a confiança de deixar seus anjos, aos cuidados deste príncipe. Então, ele não pode ser apenas um produto de sua imaginação, um sonho, ele precisa ser, deve ser, a realidade do seu amor em sua ausência.
Nesta hora você encontra alguém, não é um príncipe encantado. Não tem cavalo, não sobe escadas, não tem um reino, porém, prestando atenção a suas ações, percebe. Os príncipes encantados de hoje, são diferentes. Não são mais aqueles de contos de fadas, na verdade, você descobre que eles nunca existiram. São apenas frutos de uma imaginação, de um folclore, do mundo capitalista.
Então você lembra-se da lâmpada, que realizava seus sonhos. Esta dizia: encontre uma pessoa que apenas a faça feliz, este existe. Neste momento você sorri e percebe que a lâmpada nunca se apagou ou saiu do lado. Foi na verdade a outro lugar, buscar o melhor príncipe do mundo, para ficar cuidando de seus anjinhos.
Agora você está completa, a lâmpada, escolheu outra luz para ajudar você, a cuidar dos seus anjos.

Paulo Cesar

segunda-feira, 25 de março de 2019

Amanheceu


E mais uma semana começa, hoje é segunda, terça, sábado?
Não interessa. É mais um dia em sua vida. Isto é a diferença.
Você, eu, eles, enfim, todos nós, precisamos erguer a mãos
e sorrir, pois Deus pai Todo Poderoso,
concedeu a nós mortais, mais um dia de vida,
em seu maravilhoso mundo.

Este não é apenas mais um dia em sua vida.
Hoje, nós temos mais uma oportunidade de agradecer,
ao criador, os outros dias maravilhosos, que desfrutamos.

E cada qual, agradeça a sua maneira, afinal,
somos diferentes e o Pai presenteou cada um,
com aquilo que você, mais precisava, desejava.
Um filho, dois, ou com aquela pessoa que o acompanhará,
por sua vida toda.

Por conta disto não esqueça, a cada amanhecer,
devemos ousar mais e mostrar que somos capazes,
de fazer além do horizonte que vemos,
pois nós sabemos...
Estamos aqui,
Agora, hoje e talvez amanhã,
Por que Deus nos concedeu, o privilégio de viver.

Então, devemos fazer valer a pena à confiança que o Pai,
Deposita em cada filho seu.
Como?
Crendo que este é o Pai todo poderoso,
que tudo pode e tudo faz,
e que será feita Vossa vontade,
assim na terra como no céu...
Sempre, com as melhores intenções a nós,
seus filhos amados.

Por isto,
honrando nossa existência,
devemos segurar Sua mão e rumar de olhos cerrados,
em Sua doutrina, de amarmos uns aos outros,
pois isto nos sustentará.

Paulo Cesar

A quero de outro jeito


Tenho certeza que você é mais, que o Eduardo e a Mônica,
você me completa muito além, do feijão com arroz,
no seu bom dia, eu sinto a alegria,
apenas por ser lembrado, por ela, aquela que me faz gemer,
sem sentir dor.

E quem conhece sabe,
Você não é um perigo por suas curvas estonteantes,
na verdade, não há qualquer adversidade,
em admirar... tão bela flor.

Não, você é muito mais que isto,
um buquê? Nada, mais, muito mais.
Um jardim?
Não ainda não, uma floresta, quase, falta pouco.
Um paraíso? Bom, mas não é bem isto.
Devo dizer; é um éden.

O Éden que presenteia a nós mortais,
com sua beleza, seu sorriso,
sua deliciosa simpatia e sua mais gostosa alegria,
enfim, é O presente de Deus.

Contudo, a vejo mais que isto, a tenho minha Dona.
Sempre será, a moça da cantiga, a mulher da criação,
umas vezes nossa amiga.
Porém,
a desejo como minha perdição.


Paulo Cesar

terça-feira, 19 de março de 2019

Previdência social é a cobra comendo seu rabo


A grande mentira brasileira. Sua existência tem sentido, é politicamente correta, contudo, na verdade, é a galinha dos ovos de ouro da corrupção neste país. Com o condão de ajudar pessoas, após longos anos de contribuição, esta apenas financia luxos de pessoas inescrupulosas. Não dá para aceitar que legisladores em causa própria, concedam a si, remunerações de dezenas, centenas de milhares de reais, pagos por assalariados.
A previdência foi criada, com a finalidade de ajudar a população, “em fim de carreira”. Quer dizer, o trabalhador comum que, depois de anos de contribuição, fará jus a uma compensação para poder viver seus últimos anos de vida, na sombra e com água fresca. Afinal, foi descontada de seu salário, (digno, conforme leitura do artigo sétimo da constituição federal), uma pequena parte para lhe dar conforto, quando suas forças faltarem. Pois bem, chega este dia e a pessoa vai receber o valor que lhe foi prometido. Então percebe, justiça tem outro significado para o governo. Pior, o judiciário confirma, atesta, valida, não discute, aceita que, aquela quantia paga a ele é justa, digna.
Neste momento o trabalhador se dá conta, acreditou em contos de fadas. Aposentadoria nada mais é que, conversa de enganar trouxa. E a fila dos enganados da volta no país. Começa no Oiapoque e chega ao Chuí, descansa e vai a Fernando de Noronha. “Lá”, por conta do sol do forte, toma uma e ruma a Rio Branco no Acre. O calor neste estado é pior, então, toma uma água de coco e parte para Cruzeiro do Sul, ainda mais Acre adentro. Depois volta e recomeça tudo de novo. E a fila de pessoas enganadas, cada vez fica maior. Parece jogo de celular, aonde a serpente vai “comendo” e crescendo, crescendo, uma hora acaba engolindo seu rabo.
Nesta hora, depois de anos de contribuição, o trabalhador se pergunta; como assim isto é uma aposentadoria justa? E alguém na fila lhe responde; - um dos motivos para ganhar esta “merreca”, é que a justiça paga ao judiciário, aposentadorias de dezenas, centenas de milhares de reais. Feito isto, não sobra para pagar os assalariados, do artigo sétimo da constituição federal. Quer dizer, a serpente está comendo seu rabo.
E agora, o que fazer? O contribuinte não tem mais o vigor dos vinte anos. Voltar a trabalhar, onde? Quem vai pagar um salário digno, como aquele que nunca recebeu, elencado na constituição federal? E refletindo percebe, foi enganado a vida toda, por defensores da justiça.
Bem, o que fazer agora? Vender picolé? Vai saber, mas precisa complementar sua renda. Fez isto a vida toda, bicos, por nunca ter recebido um salário justo.
Falando nisto, justo, justiça, judiciário. Isto não existe no Brasil. E não apenas na classe dos trabalhadores de salário mínimo. Até uma desembargadora aposentada, bradou aos quatro ventos; - o que ganho não dá para eu comer. Esta senhora recebia uns trinta mil de aposentadoria e queria outros trinta. Que ela deve comer? Deve ser camarão da lua, dizem haver água nela. Um trabalhador comum, com trinta mil reais, vive, sobrevive, paga aluguel, tira férias, faz feira, abastece o carro e outras coisas, por trinta meses.
Pois bem e se não houvesse aposentadoria, para qualquer classe trabalhadora? Apenas uma contribuição, destinada à saúde e educação, seria melhor para o país. Visto que, todas as classes trabalhadoras do país, dizem merecer uma aposentadoria especial. A dos professores por que trabalham muito e recebem pouco. Os técnicos em radiologia justificam que, a radiação faz mal a saúde. Os frentistas de postos de gasolina, também a requerem, por motivos óbvios. Quem trabalha com detentos, elenca a pressão interna, como causa de diversos males. Os garis têm motivos para lá de concretos, para pedir ganhos e uma previdência melhor. Não podemos deixar de mencionar a polícia, estão vinte e quatro horas em situações de perigo. Estas apenas algumas categorias, há outras, com suas justificativas próprias. Contudo, se pago com justiça todas as categorias, a cobra comeria o rabo.
Já que classe alguma recebe um salário justo. Por que não dar aos trabalhadores, melhores condições para este, fazer sua própria aposentadoria?
Fácil assim, cortasse a aposentadoria de todas as classes. Ninguém vai receber menos de mil, ou mais de trezentos mil. Pega essa montanha de grana, que é descontada de cada trabalhador e investe exclusivamente em saúde e educação. Com educação as pessoas pensam em seu futuro e trabalham para este. O pai sabe que seu filho estuda em um colégio, com cursos técnicos. Logo, assim que se formar, poderá pagar sozinho seus estudos e os pais, poderão investir em uma previdência privada. Isto soa lógico, ao final de sua vida, receberia aquilo que ele plantou a si mesmo. Trabalhou muito, se preveniu, quando decidir se aposentar, aos quarenta anos de contribuição ou dez, vai viver sua vida como achar melhor.
É redundante, contudo, a previdência social, privilegia os privilegiados. A força motriz do país, tem descontado em seu salário, uma pequena quantia, contudo, não recebe nada em troca, então, por que pagar? Não há necessidade.
A previdência deveria existir para pessoas que realmente precisam desta, idosos sem parentes, deficientes físicos, pessoas com baixo intelecto, doentes sem condições de se manter em sociedade e outros casos similares. Agora, funcionários públicos que no seu tempo de serviço, recebiam salários como preconiza a constituição, estes, se não fizeram seu “pé de meia”, não vão viver à custa do trabalho dos outros.
O país deve se mobilizar, como fizeram os caminhoneiros, os grupos que elegeram este presidente. Pois, não dá para esperar justiça do judiciário brasileiro. Imaginar que o executivo, vá dar um tiro no pé, é besteira. Ou crer, que o legislativo faça algo contra a galinha dos ovos de ouro, é coisa de trouxa, imaginando que a cobra, vá perdoar seu rabo.
As mudanças para acontecerem, precisam vir de baixo. A plebe deve citar em um plebiscito, o que ela quer para si. Enquanto isto não for feito, nada sairá do lugar.
Há exemplos mundo afora de que se não for assim, nada mudará. Os tigres asiáticos, que há vinte anos eram países atolados em burocracia, quando a plebe mostrou seus dentes, os tiranos, da noite para o dia se transformaram em gatinhos obedientes. O Chile teve seu STF fechado, hoje é um país com uma qualidade de vida invejável, a toda população e não apenas aos lideres daquele país.
O brasileiro precisa dar ao Brasil, o lugar que este merece. Aprendemos desde criança que;
“...ouviram do Ipiranga; um brado de um povo, que clamava por liberdade e igualdade. Precisamos mostrar nosso braço forte, ou a morte é eminente. Pois o gigante pela própria natureza, não reflete o belo, forte e impávido colosso. O brasileiro precisa fazer isto acontecer, assim mostrará ao mundo, a grandeza deste país, na forma de amor por ele, que este povo tem....”


Paulo Cesar

    
                    

domingo, 3 de março de 2019

Todas são iguais a uma só

Às vezes somos egoístas demais,
temos tudo que precisamos.
Mas não valorizamos a oportunidade que está a nossa mão.
Basta um breve esforço
e podemos desfrutar daquilo que mais almejamos.
Amar aquilo que imaginávamos ter perdido.

Vendo uma mãe sentada,
orando para alguém e com uma lagrima no rosto.
Aquilo corta.
Na mão, a foto de um filho que está longe.
Nesta hora da um nó na garganta.
Isto faz nos faz recordar,
a pessoa maravilhosa que orgulhosamente chamamos de mãe.
Mesmo que ela esteja longe,
muito além da vida humana.

Como seria bom um abraço seu mãe,
assim como quer aquela mãe,
um abraço.
e não pode abraçar seu filho.
Imagine propor isto a ela,
uma troca de abraços,
ela finge que é a mãe dele,
e ele, finge ser seu filho.

Não haverá falsidade,
afinal,
o amor de uma mãe,
é igual ao de todas as outras,
por que mãe, só tem uma,
não muda nem o nome.

Todas são mães


Paulo Cesar 

sábado, 2 de março de 2019

Ouro de tolo

Você sabe por que há tantas filas no Brasil? Assim, fila para ser atendido no posto de saúde. Para você fazer um exame de urgência (quimioterapia). Tem para você fazer cirurgia de emergência. Há também aquela fila para um ente querido ir a UTI. Isto, algumas na saúde, no entanto há outras.
Lembra aquela fila que os pais ficam dias, em frente ao colégio, buscando vagas para seus filhos? Outras estranhas, como a de corpos em um IML, porque uma barragem se rompeu. Algumas são esquisitas, filas de processos contra políticos com ficha suja no congresso. Outra fila sem pé nem cabeça, é a de pessoas sendo despejadas, porque o condomínio vai cair, no caso em questão, condomínios de pobre, por que de rico não cai. Pior ainda, estes condomínios sociais, muitas vezes custam o dobro para os cofres públicos.
Será que o cimento é outro? Ou as construtoras “enfiam ferro ruim” nos pobres? Não “né”, aqui mora uma das galinhas dos ovos de ouro da política. Da se a sociedade um monstrengo e se superfatura a obra. Assim sendo, os políticos envolvidos ganham duas vezes. Na obra que lhes forneceu propinas e as próximas eleições, seus nomes serão lembrados nas urnas.
Depois de poucos anos a obra cai e começa tudo de novo. Superfaturam a obra outra vez e as pessoas são reeleitas, não se acham os culpados, geralmente a construtora vai à falência. Para resolver o problema, fazem outra obra, superfaturam, cobram propinas, fazem um social e seus nomes são lembrados as urnas. Alguns anos depois, os condôminos são despejados e... Eita coisa doida isto, faz lembrar Barão de Itararé, o Brasil é feito por nós, basta desatarmos os nós.
Porém, voltando à fila, há muitas outras que apenas atrasam o crescimento do gigante adormecido. Contudo, como identificar o porquê de todas estas filas? Ou, por que estas afetam mais facilmente a classe operária do Brasil. No outro lado da moeda, por que a classe mais abastada, não entra nestas filas?
Já viu rico dormindo em porta de colégio, para garantir vaga para seu filho estudar? E nem vai ver, ele coloca seu filho em colégio particular. Ou rico na fila do SUS, para agendar uma seção de quimioterapia? Quem fotografou em um hospital, uma pessoa de posses, em uma maca por falta de UTI? Não será possível isto, o rico tem plano de saúde e se ficar doente, vão até de helicóptero buscar a pessoa.
Entretanto, é culpa dessas pessoas ter o privilégio de não usar estas filas? Não, estas pessoas trabalham muito, para poder usufruir destes luxos.
A capacidade de um, não justifica a classe social menos favorecida de outro.
Entretanto, o estado existe para dar guarida à sociedade, sem privilegiar qualquer classe. Ou seja, o hospital que atende uma pessoa, deve atender o restante da população, usando dos mesmos recursos.
Contudo, porque um hospital é diferente do outro? Por que condomínios de pobres caem e de ricos não? Por que não há filas, em colégio de ricos?
Muitas respostas cabem como no exemplo do condomínio, ou seja, enrolação. Verbas mal alocadas, compras superfaturadas, pessoas incapacitadas para o cargo que ocupam, a falta de um profissional apto, a operar um equipamento, e muitas outras coisas que não funcionam, por que o país é mal gerido.
E uma das respostas mais interessantes, do por que deste gerenciamento ineficaz, reside no fator previdenciário. Pode parecer estranho, contudo, é lógico. O governo, ao pagar uma quantia irrisória, para que o médico atenda um paciente do SUS, força o profissional a ter seu próprio consultório. E só pessoas ricas, podem pagar a consulta.
Bom, mas isto parece fácil de resolver. Basta que o governo pague mais para os médicos, que trabalham para a população. E por que isto não acontece? Por que a previdência social, precisa pagar as aposentadorias. Pronto, resolvida à questão. Basta parar de pagar os aposentados.
É, pode até parecer um absurdo, contudo, pensando bem, é a melhor opção.
O dia que a sociedade parar de exigir aposentadorias justas e contribuir para um fundo privado de pensão, perceberá que sua qualidade de vida vai melhorar e muito. Por um motivo bem simples.
O governo recolhe de cada trabalhador, certa quantia em dinheiro, com a finalidade de devolver, quando o contribuinte, completar um determinado tempo de contribuição. Contudo, o governo é o mais favorecido nesta divisão. Paga aos servidores do estado, aposentadorias desproporcionais, com relação a que paga ao trabalhador comum. Este, o grande contribuinte da previdência social. Quer dizer, classe operaria paga mais e recebe menos.
Há muitos aposentados do estado, que recebem algumas centenas de milhares de reais. Já o trabalhador comum, recebe menos de mil.
Analisando friamente, a sociedade não ganha nada com a aposentadoria. O salário é indigno e a pessoa precisa continuar trabalhando. Porém, a perda maior não é esta, o valor recebido.
Para manter a previdência social, é necessário tirar dinheiro de outras áreas. Como a saúde. Desfalcando este setor, as pessoas ficam sem hospitais, pois seus recursos foram desviados para pagar aposentados. O médico, recebendo um salário pouco expressivo, abre um consultório e o trabalhador assalariado, não pode fazer sua consulta, pois o valor cobrado é muito alto. Vai para o SUS, lá, vai precisar ficar um dia sem trabalhar, acordar cedo, ir para a fila, fazer a consulta e com sorte, se for uma dor de cabeça, será receitado um analgésico. Se não for isto e precisar de um especialista, vai perder outro dia de trabalho, depois será agendada a consulta para daqui um mês ou anos. Quando sair do especialista, terá que fazer exames, vai perder outro dia de trabalho e enfrentar outra fila. No dia de fazer o exame, o aparelho está quebrado, ou não há um técnico para operar este. E a consulta, remarcada. O funcionário anota seu telefone, e três meses depois liga agendando a consulta, para daqui a quatro meses. Então, a pessoa que atende ao telefone diz; “não será necessário, o contribuinte morreu”.
Contudo, este foi apenas um exemplo, do quanto sofre o trabalhador brasileiro. Há muitos outros. Os colégios que o estado oferece a sociedade, são poucos, mal aparelhados para educar os alunos, pois caso tivessem boas estruturas, os estudantes poderiam ser técnicos e trabalhar com o aparelho de quimioterapia. Nesta lógica, pagariam sua faculdade e isto desoneraria a família, e os pais, poderiam contribuir para um fundo privado de aposentadoria.
Tomando apenas como exemplos, saúde e educação, os ganhos a sociedade são inúmeros.
Comparando o condomínio, a previdência, está é uma ilusão. Ela pega seu dinheiro, promete que vai devolver um valor justo (como o ilusório elencado no artigo sétimo da C. F.) e divide a cereja do bolo, entre os três poderes, depois às raspas, a população. Lembra o condomínio, os políticos prometem uma obra fabulosa, as pessoas os elegem e um tempo depois a obra cai. Dividem a propina e superfaturam a obra. Depois fazem outra, outra e outra.
O governo deste país é assassino, mata a pessoa que precisa de um aparelho de quimioterapia, mata os sonhos de um aluno que não vai poder fazer faculdade, mata os aposentados de trabalhar, tudo isto para o bel prazer de suas aposentadorias injustas.
E não pode ser esquecido de outra coisa. Tudo o que eles têm, é a população que dá a eles nas urnas. 
Quer uma aposentadoria justa? Comece mudando seu voto. Faça você sua casa. Faça você seu pé de meia. Saia do condomínio, este é uma ilusão.
A previdência sendo extinta, os aposentados do governo perdem esta teta e você terá mais saúde, mais e educação e as filas vão diminuir.
Trabalhe você, para gozar sua melhor idade, com mais saúde e educação. Não espere do governo, ele só pensa nele, e faz isto se prevenindo com seu dinheiro.

Paulo Cesar

É na curva que o motorista se revela


Não havia naquela cidadezinha, quem não conhecesse Maria e Paulo. Formavam um casal maravilhoso. Todos torciam muito pela felicidade de ambos. E também para que casassem e fossem embora daquele lugar. Parece estranho, contudo, uma verdade.
O motivo para tal ambiguidade, no transito eram um perigo. Maria era míope e tinha um alto grau de astigmáticos. Paulo era daltônico. Quando saiam de carro, havia até um grupo na rede social, para que as pessoas evitassem aquelas ruas que eles trafegavam. Quando um dirigia, o outro servia de “copiloto”. Quantas vezes Maria falava, Paulo o sinal abriu ou, Paulo pare o sinal vai ficar verde. O mesmo acontecia com Maria, ela dirigindo e ele falava; - ei, cuidado, é um caminhão que esta em nossa direção, Maria por conta de seu astigmatismo, não sabia direito o que estava na estrada. Logo, sempre tirava tinta dos outros.
As pessoas alertavam os dois e mantinham uma distância segura, porém, os sustos eram frequentes. E a noite a coisa piora, não viam muita coisa. E cidade de interior, quando há alguma coisa para ser feita, só em final de semana. E bailes, a melhor pedida. Muito comuns naquela região.
A comunidade se reúne e passa a noite se divertindo. Todos dançam muito, alguns saem do chão com umas cervejas a mais. Porém, Maria e Paulo não eram de beber, sabiam de suas limitações e as consequências que isto poderia causar. E aquela noite não foi diferente.
Dançaram muito como sempre fizeram, eram fãs de músicas gauchescas. Maria um pé de valsa de se tirar o chapéu, Paulo era um Baryshnikov, Maria flutuava em seus braços. As pessoas paravam para vê los dançar. E a noite terminou como de costume, todos felizes e recuperados da semana “puxada” de sempre.
O baile acabou, porém, Maria, Paulo e alguns amigos, resolveram conversar um pouco mais. Neste momento, Luís, um primo solteiro de Maria, daqueles cachaceiros do pé inchado falou; - ei, vocês viram que haverá um rali para casais aqui na cidade? Ninguém ouviu falar sobre o acontecimento, contudo, percebendo o interesse de todos, não perdeu a oportunidade e cutucou; - mas fiquei sabendo que haverá um teste de visão, dependendo do resultado, não é qualquer um que pode participar.
Todos riram, já sabiam para quem foi à piadinha. Paulo e Maria também deram risadas, afinal, era uma verdade. E Maria para não deixar barato, espetou; - que eles também não façam teste de bafômetro, se acontecer, você também não entra. Foi uma festa só.
No caminho para casa, Paulo dirigia, - pois Maria não enxergava bem à noite, por conta das luzes de outros carros - disse; - bela (era um tratamento carinhoso que tinha com Maria), que tal participarmos deste rali? De pronto Maria respondeu; - eu adoraria e seria uma forma de mostrar as pessoas, que não somos ruins de volante. Paulo parou o carro em frente à casa de Maria, se despediram e mais tarde conversariam sobre o assunto.
No almoço em família, tradicional aquela região, estavam à mesa, Maria e seus pais, Paulo, Luís (de ressaca), Carolina e Isadora, sobrinhas de Paulo e mana, irmã de Maria, e sua família.
As conversas giravam sobre a nova namorada de Luís, uma menina muito bonita. O pai de Maria quis saber; - Luís, por que sua namorada não está conosco? Ele não queria falar, sua cabeça doía, de ressaca claro, contudo, uma hora todos saberiam, para que adiar, então disse; - havíamos combinado de ir ao baile ontem, mas sexta sai, tomei umas a mais e cheguei em casa umas três da manhã. Nem olhei o celular, tinha dez ligações de Gabriela. Fez uma pausa e continuou; - era aniversario da mãe dela, teria uma janta, os pais vieram da capital e eu esqueci, fui tomar umas depois do futebol. Todos riam, então finalizou; - quando acordei ontem, após o meio dia, vendo as ligações, havia uma mensagem e uma foto, ela estava indo com seus pais morar na capital. E Maria para sacanear disse, - é a terceira que escapa nestes últimos dias, Paulo aproveitou e disse; - vê por que bebe? E arrematou, - para esquecer os compromissos com as namoradas. Riram e Luís foi gentil ao fazer um sinal com o dedo, a Paulo e Maria.
Passado o almoço, Paulo, Maria e Luís, começaram a falar sobre o rali. Ambos estavam interessados em participar. Então começaram a pesquisar sobre a prova. Parecia simples, um casal, o terreno seria fácil, para iniciantes. Aos participantes seria dado mapas, sem muitas dificuldade, com poucas exigências, era na verdade apenas uma brincadeira saudável.
Porém havia um pequeno problema, Luís estava solteiro e precisava de uma companhia. Quem chamar? Como estava em uma fase ruim para mulheres, todas as que ele chamou se negaram a ir. As desculpas eram de todas as direções possíveis, não, você vai beber e isso será perigoso, outra disse que não tinha boas lembranças dele dirigindo, uma amiga mais sincera disse, poxa , você é um rapaz bonito, inteligente, tem um dom maravilhoso, “faz garrafadas”, “benzimentos”, porque não fica mais em casa, leva uma vida séria e para com essas noitadas. Luís nem esperou sua resposta, foi embora bravo.
E hoje era o último dia para a inscrição, se não arrumar uma companhia, não iria participar. Já era quase seis da tarde, e viu que não havia o que fazer. Estava até aceitando a ideia de não correr no rali, quando entra em sua casa, Magali, uma menina delicada, que na identidade era João Magalhães. Porém, como não tinha qualquer preconceito e Magali/João era uma pessoa culta, seria um ótimo navegador. Expôs sua ideia e Magali/João, aceitou sem hesitar. Luís saiu correndo e fez a inscrição, como não era exigido carteira de identidade, apenas o nome, os responsáveis pela inscrição do “casal”, não questionaram nada.
E chega o dia da corrida, todos a postos em seus carros e a largada foi dada, a cada dois minutos sai um competidor. Luís disse a direção de prova, que chegaria em cima da hora, pois seu carro precisou de última hora de um reparo. Nada foi questionado e na hora exata, chega o “último casal” e saem conforme o programado.
“Lá pelas tantas”, na estrada, Maria e Paulo que largaram na frente, mantinham um ritmo muito bom. Maria era matemática, então, uma excelente navegadora. Porém, ao chegarem a uma bifurcação, havia uma placa amarela que indicava a entrada de uma fazenda. Sabendo da dificuldade de Paulo, com as cores, Maria disse; - a trezentos metros entre a direita na placa. Porém, não era trezentos metros e sim oitocentos metros e míope, Maria não percebeu o erro. E Paulo, sentou a pua.
Neste instante, a poucos quilômetros, Luís e Magali/João faziam uma corrida interessante, segundo os cálculos, estavam muito bem obrigado. E a navegadora disse ao piloto; - a quinhentos curva fechada a direita, com quarenta e cinco graus, quer dizer, Luís teria que frear forte para diminuir a velocidade e então fazer a curva. Fez tudo como um bom piloto, porém o competidor que passou antes, errou e bateu o carro. Não foi nada de mais, sem machucados, mas atrapalhou a direção de Luís.
E o fato marcou o rali, neste momento descobriram de forma acidental, quem era seu navegador. Na verdade, quem descobriu foi o pai de Maria. Ele era o responsável por um posto de conferência, onde os participantes passavam e seu tempo era anotado. Depois era feita a somatória, com outros pontos e a melhor média, seria o do campeão.
Quando viu Luís se aproximando da curva, o pai de Maria resolveu bater uma foto. Lembrança do momento, que tragédia. No exato momento que bateu a foto, Luís viu o carro adversário e precisou desviar, nisto, Magali/João se desequilibrou e caiu em seu colo, parecia de boca no cambio de Luís.
Foi tudo um acidente de percurso, eles nem perceberam isto, contudo, o pai de Maria ficou abismados, será que Luís não tinha namorada fixa, por que gostava de... meninos?
Aquilo seria uma vergonha para a família, contudo, a fotografia era incontestável. Tudo bem pensou, precisamos aceitar o mundo como ele é. Entretanto, ele não via isto como normal e agora, como lidar com a situação? Iria falar com Luís pessoalmente.
Por fim, às quatro da tarde como o esperado, o rali acabou.  Luís e seu navegador foram dados como campeões. Fizeram um tempo incontestável. Na hora de agradecer aos organizadores pelo premio, Luís falou que como não conseguiu uma mulher para compor o casal, e teve a ideia de chamar Magali/João. Foi aplaudido por todos, afinal, preconceito é algo que não cabe nos dias de hoje.
O pai de Maria chamou o para um canto e disse; - você poderia explicar esta foto? E Luís começou a gaguejar; - tio, foi um acidente, eu gosto de mulher e por mais meia hora, ficou justificando o incidente. Dizem que depois deste acontecido, Luís tomou jeito de gente seria.
O pai de Maria, ficou tão decepcionado com seu sobrinho, que não deu por falta da filha naquele momento. Ela estava nos braços de Paulo, quando perceberam que haviam errado o caminho, começou a chover e a coisa que estava ruim, piorou. A estrada acabava em um rio, atolaram o carro e não tinha como sair. Precisariam passar a noite naquele lugar lindo, porém, segundo moradores da região, mal assombrado.
Dizem que uma noiva cometeu suicido, ao se jogar de uma cachoeira e morreu afogada. Mas em noites de lua cheia, ela sempre aparecia para assombrar as pessoas.
E a lua cheia era de tirar o fôlego, pela beleza, ou por conta da noiva.

Paulo Cesar