sexta-feira, 28 de setembro de 2018

É bem assim que eu gosto


É bem assim que eu gosto

Estive pensando sobre nós,
essa conversa de que você é a pessoa certa,
que somos perfeitos um para o outro,
que o mundo não seria completo, como é,
se você não existisse,
que ao amar, um olhar seu me atira a cama
e um beijo nos faz amar.
Aquele conto de fadas,
maravilhoso e...

Para, esquece, conosco não é bem assim,
não tem nada disso não.
A música Dona,
tá, bonito, romântico e mais um monte de abobrinhas.

Porém isto não cabe a nós dois,
somos Rita Lee, isto sim,
sexo é bom, maravilhoso,
de plainar nas nuvens do prazer,
do amor, e muito mais, entretanto,
conosco a coisa não é bem assim.

É pra lá de sexo, pra lá de bom,
é amor.

E quando se ama, poxa, não é fácil.
Sabemos bem disto,
ai, não tem pra ninguém, local, pudor,
é daquele jeito,
bateu o olho, gostou, piscou, ai ai aiiii... não tem como fugir,
ferrou.
Como se diz no interior,
“foi o boi ca corda...”

Quando isto acontece, ninguém segura,
nos queremos e nos temos, como dois animais.
Somos safados, promíscuos, proporcionando cada um,
prazer apenas a si mesmo, com luxurias pecaminosas,
mais ousadas, safadas,
para que você, exploda em prazeres,
se contorça na dor dos orgasmos,
que me deliciam ao ver você, feliz,
com aquilo que dou a você.

Ahhhhh eu quero é mais,
muito mais prazeres mundanos, safados,
só contigo, só para seu amor e para a vida toda,
por incontáveis vezes,
por que eu te amo.

Paulo Cesar

Comendo pipoca no parque


Comendo pipoca no parque

Então é domingo a tardinha,
você está no parque, vendo passarinhos, crianças correndo, um mundo feliz,
sua mulher e filhos, desfrutam deste prazer, que delícia.
Porém, para chegar até aqui, não foi fácil.
Para construir um belo castelo, há antes um “mundo” de coisas a serem feitas, conquistadas.
Escolher o terreno, procurar saber se é um bom local,
satisfaz todas as nossas necessidades e quando estiver pronto, realmente está pronto, como saber?
Sem pressa, tudo se ajeita com o tempo.
Será que precisará de reformas?
Sempre há o que ser melhorado, os anos ensinaram, que a felicidade não acaba, sempre cabe mais.
Precisa de um quartinho da sogra?
Amplo e confortável, para que quando o amor ficar bravo, de cara feia, esteja confortável como a sogra, afinal, seu amor veio de algum lugar.
Trate bem ele, mesmo quando não estiverem bem.
Por segurança, tenha um sofá, espaçoso, confortável.
Todos erram, e refletir sobre suas ações, pede conforto e aprendizagem, não voltar a errar, é aprender a fazer feliz.
Tudo estará sempre, como uma impecável sala de jantar?
Não, claro que não, com o passar do tempo,
uma casinha modesta, transformasse em um imponente castelo.
Não saia de cara, construindo um palacete.
Sem vida, sem amor, serão pedras frias sobrepostas.
Já uma casinha de duas portas, bem fechada, aconchegante, com uma lareira,
ou um fogareiro,
reunirá os moradores e juntos, felizes, desfrutaram do conforto de um castelo.
Pois a felicidade, o amor, não se mede, é um sentimento só seu.
E anos depois, de colocar o primeiro tijolinho, naquela linda casinha, transformou esta, em um palacete,
e sua vida está feliz, cheia de vida, passarinhos, crianças correndo,
com você sendo um vencedor
e comendo pipocas no parque.

Paulo Cesar

 






quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Precisamos impor limites


Precisamos impor limites

Este mundo “tá” perdido e não há muito que fazer. A geração de hoje, não respeita mais os senhores.
Foi-se o tempo do “bença tio”.
Deu bobeira, a galera abusa.
E as meninas, nossa! como podem agir assim.
Fazem cada travessuras, com senhores,
que só pode ser coisa, do coisa doido.

Quando uma jovem de hoje, conhece um “tiozão”,
olha é, no mínimo assédio.
Por que há casos de tragédias.
Suas curvas abusadas, fechadas, empinadinhas, as serras ingremes, os túneis silênciosos, quentes, úmidos, convidativos às altas velocidades,
é muito pecado,
em um lugar só.
As retas curvas, lembram o paraíso de Mônaco,
qualquer um se perde, fica sem rumo.
Chega “dá” taquicardia, pressão alta, falta de ar, isto por vezes, mata o véio.

Porém, tudo isto, sem que elas saiam do lugar,
por que quando se movimentam,
sentam,
batem,
apertam,
sobem e descem, é de fazer qualquer um perder a razão.
Quando empinam então, ocorrem tragédias.
Seduzidos e sem noção, já não respondem com exatidão.
Perdem fácil a razão.

Fuja enquanto é tempo,
pois se cair nas garras dessas feras,
não vai ficar bem,
estará inconsciente, desfalecido,
será uma presa fácil, para suas luxurias.
A carne é fraca e nos seus tempos, era só arroz, e arroz.
Essa juventude de hoje tá virada mesmo. Ou o senhor que parou no tempo.
O pior de tudo?
Ninfas não tem idade, apenas fazem um senhor gemer,
sem,
sentir dor.


Paulo Cesar

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Virose da pinga


Virose da pinga

Essa foi lá pras bandas do Paraná. Um grupo de amigos, quando saiam para as festas, deixavam pai careca, de cabelo em pé. Uma galera de uns dezoito anos. Juízo???? Apenas o dente. E garotos desta idade, querem é aprontar, curtir. E inventavam cada coisa.
Na casa de um deles, uma semana antes, o pai contou umas “peripécias”. Roubavam galinhas quando jovens, não fez apologia, porém... Na outra semana, estavam todos a postos, foram a um sítio perto da cidade e para não deixar aquele véio contando vantagem, roubaram doze galinhas e um galo.
Foi fácil, um dos “meliantes” conhecia o sítio, sabia que não morava ninguém, estavam na cidade. Deixaram o carro próximo, pegaram num galpão dois sacos grandes e foram as compras. Quem conhecia o local disse; “sigam por aqui, conheço na palma da mão, só não pisem aqui, palavrão, tem cocô de boi, outro palavrão”.
E assim começaram pegar as galinhas. O “guia turístico” ensinou, peguem as galinhas pelo pescoço, de uma sacudida, ela fica tonta, depois coloquem no saco. E assim começaram a encher o saco. Entretanto, tinha um acometido pelo mal da pinga, ouvi o “sacudir a galinha” e saiu na carreira. A primeira que pegou foi sacudir, segurou a cabeça do bicho, deu três voltas e foi colocar no saco. Claro, a esta hora ficou só com a cabeça na mão. O resto, sei lá, disse rindo.
A virose da pinga fez muitas vítimas, outro acometido daquele mal, estava de joelhos rezando, para não serem descobertos. Nisto passa um, vê a cena e diz, “pode parar de rezar, aconteceu o milagre, já encheu o saco, tenho cinco galinhas aqui”.
Noutro canto, escondido atrás de uma moita, tem um sacana, vê dois amigos vindo com um saco cheio de galinhas, quando chegam perto, distraídos e no escuro, este sai acoando. Foi uma correria só, o saco caiu, algumas galinhas fugiram. Um deles pulou na moita, para chutar o cachorro. Coisas de maluco.
Um tempo depois, juntaram as aquisições e foi levada a casa para fazer a contagem. Porém, quando o saco caiu, pegaram duas galinhas que estavam “por ali” e um galo, só que este não foi colocado no saco. Ele ficou solto na mala.
Sabiam, quando fosse retirar as galinhas, deveriam tomar cuidado, pois o galo poderia fugir.
Bolaram um plano a base da virose. Enquanto um abria o porta malas, outro entrava rápido e pegava o galo para não fugir. No entanto, havia um arbitro de linha, (também com a virose) que diria; se o galo vem pela direita, ou pela esquerda. Assim, o galo não tinha como escapar.
Tudo pronto, a mala é aberta, o “pegador” mete  a cara para pegar o galo e o arbitro de vídeo para a jogada; - fecha que o galo vai fugir, tá do outro lado. O cara responsável pela mala fechou na hora. Entretanto, a virose da pinga tem uma caracteristica própria, diminue os reflexos. Logo, ao fechar a mala, a cabeça do “pegador” não tinha saído. Mas tudo bem, o corte foi superficial.
Trancaram as galinhas na casa do cachorro, que havia morrido há anos e voltaram a danceteria. Havia no local um desfile de modas. Garotas apresentavam a coleção de uma loja.
Foi tranquilo, sentiram-se orgulhosos, sem incidentes, a não ser o corte na cabeça.
O bom daquela época, a parceria, mantiveram-se todos calados, nunca ninguém soube de nada. A não ser quem assistiu ao desfile na danceteria, este foi filmado.
Além das belas meninas em roupas da moda, outra coisa que chamou a atenção, uns garotos decorados com penas de galinha, outro com um corte na cabeça e todos fediam cocô de boi.

Paulo Cesar  

Seja você também uma Antônia João Fernanda...


Seja você também uma Antônia João Fernanda...

E João foi deitar, seu dia acabou feliz. Enfim, depois de anos de luta, ele e Fernanda, alcançaram seus objetivos. Quem diria, o mundo tem solução, porém, para chegar a este patamar, a guerra foi daquelas.
João era um menino cheio de ideias, desde muito cedo, falava “difícil”. Dominava precocemente, assuntos de gente grande. Isto o tornou conhecido na vila onde morava. A fama o fez capitão do time, presidente do grêmio, líder dos jovens na igreja. A política parecia um caminho natural.
Filho do Seo José e Dona Maria, mecânico e costureira. Sua vida não foi difícil economicamente, bons profissionais, os pais lhe supriam pequenos luxos. Ademais, João era econômico, “não era de gastar a toa”. Aos dezoito anos de idade, o fusquinha veio mais com orgulho do pai, em ajudar, do que reservas do filho. Mesmo assim, Seo José “turbinou” o fusca com belas rodas.
A fama precoce de homem inteligente, o conhecimento sobre assuntos variados, fez sua fama seguir naturalmente, o curso de “bom partido”. E Fernanda chamou sua atenção. Bonita, muito inteligente, estudiosa, de família boa da cidade. Logo se “encontraram” e foi amor à primeira vista.
João escrevia artigos para o jornal da cidade. E vez por outra, presenteava Fernanda com poesias. O sim não demorou e os cidadãos foram padrinhos daquele casamento. Todos os amavam.
João formou Sociólogo, Fernanda pedagoga. O sucesso na política, era apenas uma questão de tempo. Logo no primeiro mandato como vereador, João fez sucesso. Seus projetos sempre voltados à população, eram facilmente aprovados. A mão do Sociólogo, nas obras para a população, com o apurado instinto da pedagoga, eram sempre bem aceitas. O posto de saúde na periferia, com horta comunitária, foi um sucesso. Logo outras cidades na região, copiaram a ideia. E uma frase de Fernanda, “uma horta que faz bem aorta”, referindo-se a alimentação a base de vegetais, como sinônimo de saúde, ficou conhecida.
A oposição não tinha muito que fazer, para tentar impedir o sucesso político de João. Sua vida foi sempre voltada à família, sociedade, e uma aliada do quilate de Fernanda, com suas estratégias de pedagoga, fomentavam o futuro brilhante. Tudo isto o fez um páreo duro. Venceu fácil para vereador.  Prefeito,  seria o próximo passo.
E nesta hora, a excelente reputação de João, como servidor, somada a arquiteta política Fernanda, fez deles, vencedores natos.
Os antecedentes de João, para a promissora carreira política, começaram a despertar o “desinteresse de gente grande”. A oposição estava perdendo dinheiro. Não adiantava pedir ajuda, muito menos oferecer um “cafézinho”, João mantinha uma “ficha limpa”.
O pequeno patrimônio do casal, condizia com seus ganhos. Não faziam ostentações, muito menos estavam às colunas sociais, em festas badaladas. A continuar com este histórico político, João seria uma pedra no sapato da oposição.
E como política, é morada de “raposas velhas”. Precisavam fazer algo e logo, para desabonar a moral de João.
Porém, como derrubar um político como este. Sentaram os principais “cabeças da situação”. Só tinha poderoso chefão, dono de rádios, empreiteiro, patrão do jogo do bicho, fazendeiros fortes, até líder de desocupadas, apadrinhados do tráfico de drogas. A lista era interminável. Sem deixar de mencionar ainda, estes, representavam cada um, uma dezena de outros sub-grupos.
A região em questão, era de fronteira e haviam os interessados que esta ficasse desguarnecida. Assim entrariam armas, que manteriam quadrilhas de assaltos a banco, até “pés de chinelos” assaltantes de rua. Caso a fronteira fosse bem guardada, não seriam aceitos cigarros, bebidas, remédios e mais um “mundo de coisas”, sem falar nas drogas, o carro chefe da grana, do sub-mundo do crime.
E estas, fazem a farra de muitos políticos tidos como, santinhos. Gastam fortunas em luxos, carros, mansões, viagens, festas caras, prostituição, tudo com dinheiro advindo do tráfico.
O pai trabalha, compra uma TV digital, o filho drogado vende na “boca”. O pai se sujeita a comprar de volta, faltam dez prestações, paga barato. Tem também o aposentado, que ganha uma miséria para sobreviver e a filha pega o cartão do pai, torra a grana nas drogas, e ainda volta para casa, com um bebê no ventre.
Mais uma criança fadada a vender picolé, drogas, pedir dinheiro nas esquinas, até completar uns dez anos. Depois vem o crime e aos vinte poucos anos, morre ou passa boa parte de sua vida na cadeia. Sai e com sessenta anos, lembrando a lei dos sexagenários no tempo da escravidão. Não aprendeu nada, não sabe fazer nada, vai mendigar uma aposentadoria. Com sorte, vai vender picolé. É o circulo vicioso, a lei do retorno, que vai e volta. Agora seu neto vai manter o filho do traficante, do político com seus carrões, mansões, e outros.
Então, como frear João, um “mal” para os negócios? Fácil disse um empresário da gangue, “uma amante sempre resolve”.
“Contrataram uma mulher bonita”, explicaram seu “serviço”. Ela foi executar as ordens. Câmeras escondidas e tudo pronto para ser gravado. Contudo, marqueteiro ruim é piada sem graça, faz cada uma.
Não foi verificado os antecedentes da moça. Ela moradora de outra cidade, foi contratada para o trabalho. Depois de explicado os detalhes, do que precisava fazer, Antônia riu calada.
Seu pai havia morrido em posto de saúde, usado como hospital, para pessoas de baixa renda. Hospital este, que a cada quatro anos, era aventada sua construção. Passava as eleições e o dinheiro sumia, “de novo”. Ou apenas era dado outro fim a este, particular lógico. Os políticos da cidade, trocavam de carro, construiam casas, pagavam festas e a população continuava morrendo nos hospitais. Antônia, revoltada disse em entrevista que quando pudesse, iria “ferrar” com os coronéis da cidade. E eles não averiguaram seu passado, antes delegar o trabalho.
Sabendo da honestidade de João, falou com ele. E quando os “patrões”, chamaram Antônia para passar os detalhes, estes estavam sendo filmados. Antônia sem chamar atenção, fazia perguntas e o marqueteiro do mal, sem desconfiar de nada, deu nomes aos bois, detalhes de bens, de laranjas e outras maracutaias.
O ministério público sorriu.
No dia marcado para o trabalho, todos esperando o desfecho da filmagem de João e Antônia. Eis que a polícia chega a casa, onde parte dos comparsas estavam reunidos, para festejar a morte política de João.
Contam que foi um Deus nos acuda, como diz música, só dava Judas pedindo perdão. Em delação premiada, tinha dedo de seta adoidado, todos eles afim de entregar os irmãos. E a malandragem caiu.
João e Fernanda sorriam ao lembrar isto, ocorreu há uns trinta anos. Hoje, por ter uma reputação perfeita, foi eleito presidente da república.
Onde só deveriam chegar pessoas de ficha limpa.
E João foi deitar, seu dia acabou feliz. Enfim, depois de anos de luta, ele e Fernanda, alcançaram seus objetivos. Quem diria, o mundo tem solução, porém, para chegar a este patamar, a guerra foi daquelas.
O bem, quando Deus une, não é separado pelo homem. João não trairía seu amor, este não apenas a sua mulher Fernanda. Mas também a sociedade, assim devem ser os servidores públicos.

Paulo Cesar

Dois zeros a esquerda


Dois zeros a esquerda

Tem coisas que se contar, só Deus para testemunhar. Porém, aconteceu. Eram dois amigos e “namoravam” sempre na mesma época. Começava o carnaval, eles se encontravam. Passado um mês e pouco, terminavam. Foi assim por três carnavais. Em um desses, aconteceu uma que olha, é a prova que o zero à esquerda não tem valor. Mas quando são os dois, zeros a esquerda, acabam amigos.
O fato aconteceu em um sábado a tarde. O zero a esquerda masculino, ligou para sua namorada, zero a esquerda feminino e disse que não queria sair aquele dia. Ela compreensiva, fez voz de desanimada e concordou; “tudo bem, também não estou a fim”. Depois de aceitas as mentiras, pronto, não havia mais nada a ser dito, afinal, confiavam no parceiro.
Passado o tempo de aceitação da ideia, ficar de molho no “sabadão”. Cada um repensou no tédio de ver teve e quase que ao mesmo tempo, resolveram desfazer o mal.
“alô, tudo bem? Ei, que tal deixarmos esse sábado mais gostoso, que acha de irmos a um danceteria, às dez então”. E isto fazia deles grandes amigos, se aceitavam como eram, dois zeros a esquerda.
No sábado a noite na danceteria, enquanto ela descia uma rampa, feliz, ele subia esta, também feliz. Ao se encontrarem no meio da rampa, sorriram como dois safados. Sem que as pessoas percebessem, seus olhares diziam, “você não vale nada mas eu gosto de você”.
Isto deveria ser uma da manhã, não paravam de olhar um para o outro. Olhares desejosos, ardentes, acompanhados por piscadas, beijos ao vento, coisas de dois safados, que não respeitam as pessoas ao lado.
Por fim, lá por umas três da manhã, não resistiram, foram ao banheiro e se beijaram. Este foi longo, interminável, gostoso, ardente. Sorriram e decidiram ir embora. Deixaram quem os acompanhavam sozinhos e foram namorar.
Afinal, eram dois sem vergonhas, uns zeros a esquerda. Nunca passou disto, namorados de carnaval, porém, por se respeitarem, até hoje são grandes amigos.

Paulo Cesar

Conto de uma verdade


Conto de uma verdade

Como se diz no interior, num dia de noite, um cara entra no chat papear. Chama as pessoas e o papo rola. Havia um nick que chamou mais sua atenção, adoecida. E tudo começa na linguagem da internet, oi, tb? Como vc está? Por ai afora, quem conhece sabe que é assim. Depois de algum tempo, como a conversa fluiu interessante para ambos, trocaram redes sociais personalizadas.
Assim, é normal uma maior proximidade, na amizade. E a pergunta obvia foi, porque deste nick? A explicação; há de uma ano, ela fazia academia e sentiu-se tonta, foi para o hospital, tomou uma vitamina e foi para casa. No outro dia, antes de ir para o hospital, novamente uma tontura. E começou a sessão exames de sangue, fezes, urina, eletro e nada, refazia exames e nada. A coisa começou a ficar preocupante. E a tontura não dava folga.
Então foi mandado os exames para um especialistas, este na primeira, é leucemia. Bom, a coisa já estava meio que séria, depois do diagnóstico, confirmou o que ela temia, é muito séria.
Entretanto, há uma esperança e se ela existe, vamos dar as mãos e correr atrás desta. E assim família, amigos, simpatizantes e outros, todos imbuídos do mesmo fim, doar o sangue para a vida. Entretanto, como ninguém quer saber da verdade, esta veio do mesmo jeito. Entre os parentes, nenhum compatível, bom então vamos aos amigos, banco de doadores de medula, onde estiver, vamos chamar esta pessoa para salvar a vida dela.
Desde a corrida inícial, atrás de doadores compatíveis, já se passaram seis meses e nada. E o tempo nestes casos, não é o tradicional um, dois, três, quatro e assim por diante, o dela é voltando, ou seja, dez, nove, oito, até zerar.
As chances de encontrar um doador compatível é de um a cada cem mil. Porém, com todas estas campanhas, é fácil de se imaginar, tem medula sobrando no bancos de doação. Afinal, solidariedade é o forte deste povo. Porém, as coisas não são como diz o óbvio. Há entraves para salvar vidas e ela contou.
“O número de doadores e potenciais doadores, é crescente. Entretanto, o governo disponibiliza uma certa quantia em dinheiro, para este projeto. O pagamento do material para coleta, a própria coleta, campanha, o armazenamento e outras fases que englobam este ato de cidadania. Contudo, isto é suficiente para um certo número de coletas de medula, mais que isto, só mês que vem. Então, caso você tenha alguém precisando de uma medula e fizer uma campanha, você pode chamar quantas pessoas puder, no entanto, terá que respeitar um determinado número de coletas mês. Não há verbas para mais coletas. ”.
E arrematou; “ isto acontece todos os dias com a população, não investir em saúde, é assassinato”.
Pois bem, passaram-se mais alguns dias, ela só piorava, entrou em coma. Quando voltou, a melhora, despedida da morte. Fez uma carta dando adeus a todos.
Oie, tudo bem?

Se está lendo essa mensagem agora, é porque eu já parti. Poucas pessoas têm a oportunidade de saber à hora da sua partida e deixar mensaginhas para aqueles que ficaram.
Algumas pessoas ficarão surpresas, porque nem imaginavam o que eu estava passando. Outras ficarão tristes com a minha partida, aliás, não será fácil ficar sem a minha adorável presença... rsrsrs.. Mas também tem aqueles que se sentirão aliviados, pois acompanharam de perto todo a minha luta e sofrimento.
Nem desistir nem tentar. Agora tanto faz, estou indo de volta pra casa.
Agradeço a todos por terem passado pela minha vida... todos, sem exceção, todos me ensinaram algo de valioso. Sou feliz por ter passado por aqui e ter conhecidos vocês... sou grata...
Estarei com vocês onde quer que vocês estejam, dentro dos seus corações. E se a saudade apertar procure no céu, a estrela que mais brilhar, ela será meu olhar....
Fiquem em paz. Fiquem com Deus nos seus corações. Até a próxima...


Paulo Cesar

Você vai me desviar do céu


Você vai me desviar do céu

Não sei por que isto acontece,
porém, algumas vezes tenho certeza,
você é o caminho mais fácil, para me desviar do céu.
Não sei precisar o que é,
ou por que sinto isto,
não sei,
ou sei,
ai, ai ai ai ai aiiiiii, pior de tudo
acho que sei, por que vou desviar do céu.

Rssss.... sempre soube,
Você me faz pecaminoso, desejoso, ardente por ti,
nossaaaaaaaaa, como você não presta,
e pior, percebe eu grande, querendo você.

Então safadinha, com seu sorriso pecador,
parece me chamar, vem,
mas vem logo, que eu quero te amar

Paulo Cesar 

A motorista do meu destino


A motorista do meu destino

Dona de minhas vontades, dirige nosso futuro.
Cheia de amor por nós, guia nosso destino.
enganado por meu orgulho, sinto-me dono da situação.
Ahhh pobre inocente que sou,
nem em minhas mais loucas fantasias,
faço qualquer coisa sem seu consentimento.

Demorei a perceber isto,
vou onde seu amor quiser, mandar, ordenar, apontar, enfim,
sigo sua estrada, pois você é, a motorista de meus desejos,
vontades, amores,
tem as rédeas de nossa união.
Sou a força de nossa família,
você a bússola de nossos destinos.

Como quer a vida perfeita,
não interfiro em seus planos,
tenho você, meu amor, como a arquiteta da felicidade,
aquela responsável por tudo, por todos,
é a perfeição do amor neste universo.

Que mais posso querer eu?
Nada, debruço em seus braços
e sou um passageiro em sua estrada.
com destino a felicidade,
que para mim é amar você.

Você é aquela esculpida a dedo,
a perfeição da mulher, para fazer-me feliz,
me auto iludo,
achando que sou dono do meu nariz.
Ahhhhh.... quanta inocência minha,
sempre me levou para onde quer,
não tento resistir, não posso, não consigo
e também nem quero.
Sou a miragem em minha realidade,
na verdade, a auto-ilusão de viver a vida,
conforme suas vontades.

Paulo Cesar

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

A lógica da teoria sem pé nem cabeça


A lógica da teoria sem pé nem cabeça

O interessante desta teoria, os números conspiram a favor dela. Por exemplo, em dois mil e nove, jornais do mundo todo estampavam, Brasil, uma nova potência econômica. Pouco tempo depois, os mesmos jornais diziam, foi um voo de galinha. Quer dizer, pesados tributos, não deixaram o pais subir. Mas será que só isto que segurou o Brasil ou... . Então, aqui nasce a teoria lógica sem pé nem cabeça.
O país jorrava petróleo para todo lado. Era descoberto um poço monstrual aqui, dias depois encontram um maior. A agricultura, São Pedro fazendo chover na hora certa. Cana de açúcar, tinha canavieiro chupando e assoviando ao mesmo tempo, só alegria. Boi, o pasto sempre verde. Pobre se deliciando com alcatra, picanha. Rico, claro, rindo à toa. Mas por que não deu certo o crescimento econômico?
 Bom, para esclarecer a teoria sem pé nem cabeça, precisamos voltar um pouco mais no tempo.
Então Deus disse; o sétimo dia será para o descanso e... tá não é necessário voltar tudo isto. Nos anos dois mil, o filho daquele Sr., que presidia o país, limpava cocô de elefante. Um ano depois, deixando João Alvez comendo poeira, está morando em área nobre de São Paulo. Conseguiu uma apartamento de pouco mais de seis milhões de reais, vendendo futebol americano para a TV paga.
Aqui, o mundo em crise, faltando grana pra todo lado. EUA com a bolha, Europa com a Grécia quebrada, tigres asiáticos miando desesperados e por ai afora. E o Brasil, sorrindo da desgraça alheia.
Vendo isto ( aqui o ápice, da teoria lógica sem pé nem cabeça), os lideres das principais potências mundiais, decidiram sentar e conversar.
O Brasil estava certo, para ser a maior economia no mundo. Não devia a ninguém e ainda emprestava para países em dificuldades financeiras. E isto incomodou muita gente. O que fazer para frear tudo isto? Estimular desvios de verbas, porém a níveis colossais, nada estilo Jorgina de Freitas, quebrar a previdência em duzentos milhões. A coisa deveria ser de bilhões, trilhões. E aconteceu.
Entretanto, por que outros países se interessaram por isto? O poder dita regras, caso o Brasil fosse uma potência econômica. Outros países perderiam bilhões de dólares. E isto não é bom para os negócios.
Então, ao incentivar um, a desviar verbas e dividir com os demais, o país não cresceria. As verbas desviadas, deixariam de ser investidas em setores propulsores da economia, agricultura, pecuária, psicultura, automotiva, em linhas férreas, em estradas de qualidade, no turismo e outras. Tinha também a moça subindo escadas e falando da melhora do ensino no país.
Feito isto, quem meteu a mão, se achando o dono da cocada, agora só tinha uma coisa na cabeça, torrar a grana. Entretanto, não é assim que a banda toca. O diabo dá, mas depois vem cobrar. Os mesmos que incentivaram os desvios, armaram uma arapuca e a lava jato pegou um. Que no efeito dominó, desde dois mil e quatorze, tá derrubando muita gente.
Contudo, quem ganhou com isto? Quem patrocinou a quebra do Brasil. Países que perderiam bilhões, trilhões de dólares com nosso sucesso. Arrumaram um testa de ferro e deixaram o circo pegar fogo.
Hoje o Brasil atolado na lama da corrupção e os países interessados nisto, rindo de nossa desgraça.
Agora imagine o país bem administrado, com essa abundância de riquezas minerais, plantação, animais, turismo e outras. Não que daríamos as cartas no mundo econômico. Isto não nos interessa, porém, quantas vidas estariam conosco e foram tiradas, por que interessados em nossa quebra, incentivaram a corrupção.
A culpa não é só dos brasileiros, a maior parte sim, porém, mortais como somos, sucumbimos a tentação, do diabo do poder.
Deste modo, a teoria sem pé nem cabeça, é um corpo perfeito.

Paulo Cesar  

Você a realização dos meus sonhos


Você a realização dos meus sonhos.

A vida é uma realidade, não aquela que quero, espero,
esta, só em sonhos, como em Pásargada,
um paraíso, um deleite do prazer,
prazer este, com meus desejos mais secretos,
que se realizam com você,
aquela que me tira o chão,
a respiração.
Ahhh, como aguardo você,
para fazer real nossos sonhos.

Hoje quero-te muito, mais que ontem,
para realizar nossas mais deliciosas fantasias,
ansioso, sei, será mais uma noite perfeita,
com a volúpia em te amar,
além de nossos sonhos,
mais loucos.

Entre o sono e o sonho,
estamos somente a um passo,
da realidade mais linda do amor,
nos amar, além dos sonhos.

Paulo Cesar


sábado, 8 de setembro de 2018

O fim do crtl C e ctrl V


O fim do crtl C e ctrl V

Senhores (as) candidatos (as) a um cargo político, antes de ir à teve, apresentar suas promessas, seria interessante que assistissem a concorrência. Feito isto, o horario político teria até alguma visão. Por que, se depender das promessas ctrl C e ctrl V, poucos conseguirão. Aqueles com mais visão, com “pistolão”, se sobressaem aos demais, quer fazer a diferença, pare de copiar e colar.
Que tal ao falar com seus eleitores, de uma maneira que as pessoas creiam, você é o diferencial. Não apenas mais um na multidão.
“Todos dizem a mesma coisa, eu vou lutar por uma saúde mais justa, melhores salários, acabar com a burocracia, corrupção, defender os mais necessitados, acabar com a farra do dinheiro público e mais uns quatro ou cinco blá, blá, blá”.
Quer dizer, se você ouvir um, a diferença para os demais candidatos, está em seu nome e número, no mais, é copiar e colar.     
 Talvez promessas, novas, façam de você, um forte candidato a tal cargo.
Defender o fim do auxilio paletó, plano de saúde e odontológico ilimitado, verba para gasolina, senadores de seis meses, verba de gabinete, passagem aérea para cônjuge, auxílio moradia, remanejamento de verba para fundo partidário, o uso indiscriminado do cartão corporativo, décimo quarto salário, ferias e recesso remunerados, cumulação de aposentadorias (que não quebram a previdência) e outros auxílios na falta de ajuda, atraiam eleitores
Caso isto aconteça, algumas áreas da sociedade, não sofreriam com a falta de verbas.
Seria fácil ter em quem votar, caso alguém aventasse trabalhar por estas causas.

Paulo Cesar