O senhor capitalismo
(travestido de ouro de tolo), faz vítimas todos os dias. Muitas destas, com
nosso consentimento. Já percebeu isto?
Ver pessoas felizes é muito
difícil nos dias de hoje. Todos vivem momentos complicados e não ajudamos quem
precisa. Pautados na velha e batida desculpa da correria.
Muitas famílias estão bem
financeiramente, porém, em algumas o filho é dependente químico. Noutra, todos
têm boa saúde, mas os salários mal pagam a comida, o aluguel, o pão de cada
dia. Passeando nas ruas da cidade, vemos um carrão passando a 200 por hora.
Enquanto isto, um senhor empurrando um carrinho de recicláveis, junta uma
latinha que voou do carro. Isso “ajudará” na mistura do jantar. Em outra
esquina, uma senhora com o neto, entram em uma loja para comprar um brinquedo.
Na porta, um homem forte pede ajuda, pois, perdeu sua vida e família para a
bebida.
O mundo está ao contrário e
grande parte da população sabe disto. Contudo, poucos têm coragem de bater de
frente com o problema. Grande parte dos vilões deste mal, são homens do bem,
que ditam regras sob as ordens de Deus.
Como disse Ariano Suassuna, eu
gostaria de pedir a Deus, porque sofremos tanto nesta vida? Não acho que tudo
seja culpa de Eva ou da maçã. Essas histórias de ser expulso do paraíso
venceram. Como outras, santo sudário, purgatório, terceiro segredo de Fátima,
tem também o pastor que precisava beijar a bunda de suas seguidoras, para que
estas conseguissem bons maridos e muitas outras fabulas mais.
Entretanto, nem todo
raciocínio do homem, sobre as leis de Deus, parecem absurdos.
Parece sensato ler sobre o
Deus de Spinoza. Seu raciocínio mostra um Deus diferente de muitos cultuados em
igrejas. Onde Este, não dita o que devemos fazer, como nos vestir, quando
transar e outras contradições do Deus único, de muitas religiões. Para o autor
tudo é livre, você faz, age, segundo seu livre arbítrio.
Baruch Spinoza leva cada um a
raciocinar sobre o Deus que existe em você, ante suas decisões. Este Deus não
opera milagres, não opina sobre templos faraônicos, ou escreve leis para serem
seguidas que, fazendo isto, ou aquilo, levará cada um de nós ao paraíso. Em sua
lógica, os templos de Deus, foram feitos por ele próprio. E estão ao alcance de
todos, na revoada dos pássaros, em uma bela floresta, no sorriso inocente de um
bebê e outras obras da natureza. Não é preciso sair de casa, ou se reunir
em multidões para estar com Deus, basta abrir as portas, janelas do seu lar e
Deus entrará. São de graça. Diferente dos templos dos homens, precisam ser
suntuosos e bem localizados.
Para quem leu: Uma Breve
História da Humanidade, de Yuval Noah Harari, este relata sobre como nasceram os
totens e, por conseguinte, os templos.
Também nos faz entender, sobre
como as pessoas agradeciam aos “deuses”.
Assim, fulano tinha uma área
de terra e plantava cebolas, construiu um totem representando este legume. Como
agradecimento a farta colheita, oferecia parte desta, ao vizinho, que não tinha
cebolas. Em contrapartida, o vizinho que plantava arroz, oferecia os grãos como
retribuição. Não eram oferendas, eram trocas, compartilhamentos. Também não
adoravam o Deus Cebola, ou Arroz. Homenageavam a prosperidade por trabalhar
plantando legumes, cereais... Faziam uns aos outros, aquilo que gostariam de
receber em troca. Desta harmonia de necessidade viver em sociedade, cresceu o
bem estar entre povoados.
No entanto, séculos depois, os
totens foram transformados em templos. Os deuses começaram a falar com os
homens, que pediam “ajudas” (dízimos) para o bem estar dos menos favorecidos. E
isto virou um negócio e tanto. A partir destas visões, o ouro de tolo
(capitalismo), começou a tomar forma e matar o ser humano. Alguns morriam
(roubados) por ter muito dinheiro. Porém, “ser duro” não significa vida eterna.
Podemos morrer de fome. E a forma do capitalismo é de um glutão saco sem fundo.
Porém, devemos fazer muito
mais que podemos, apenas eu faço tudo que posso, não é a realidade. Ou, sou um
pingo de água frente ao oceano é covarde. É preciso mais. E não só ajudar menos
favorecidos, como também, discordar sobre verdades indiscutíveis. Você sabe o
que é geocentrismo, ouviu sobre o terceiro segredo de Fátima e aquela história
que a Terra chegaria ao ano dois mil, porém, não passaria deste? A
justificativa para ter passado de dois mil, parece até Bill Clinton falando;
“eu fumei mas não traguei”. O terceiro segredo ainda será revelado, inventado,
rimado, forjado. Já o geocentrismo, foi engolido como arame farpado, desceu
enroscado.
Discordo que Deus um dia
irá pôr um fim a esta zorra toda. Afinal de contas, ele não criou isto.
Dar ao Criador, a responsabilidade de resolver o que fizemos de errado é falta
de vergonha na cara. Qualquer um que faça algo errado, deve assumir sua atitude
e reparar o erro. E reparar este é desfazer guerras, correr atrás daquilo que
cada um quer, ser feliz com aquilo que Deus (corpo, família, dinheiro, país...)
lhe deu. Porém é sabido que no atual estágio (fase) que estamos, isto não
acontecerá. Ou Lewis, Lionel, Jr, Xeques e outros caras cheios da grana,
doariam sem patrimônio a outros? Não, pois o dinheiro é meu e posso tudo, o que
você tem como troca é pouco.
E o dinheiro não é de Deus, é
do homem, logo, todos os problemas causados por este, devem ser resolvidos
pelos homens.
Acredito que a vida no atual
estágio que vivemos é uma evolução, buscando um momento melhor e posterior
a este. Onde o capitalismo não tenha vida.
Este estágio da evolução do
homem, da alma, do espírito, este precisa passar por este processo, um filtro.
E um dia quando morrer, dependendo do quanto você foi, do quanto você fez pela
coletividade, você vai para outra etapa da evolução.
Como um jogo de fases. Vencido
a primeira, feito todos os desafios, depois de ganhar prêmios, acumular bons
resultados, você passa para outra fase. E assim sucessivamente, até alcançarmos
o "paraíso".
Neste lugar não há a
necessidade de dinheiro, carrão, não há desigualdades, preconceitos ou um ser
mais que outro. Talvez na próxima fase, às pessoas que ascenderem a esta
consciência coletiva, ajudar uns aos outros, sem precisar saber o porquê,
possam estar mais próximas do paraíso.
A humanidade precisa melhorar
muito, para passar de fase. Não é apenas fazer caridade, ou posar de bonzinho
para os flashes, doar quando o morro desce. É preciso fazer o melhor a todo
momento. Necessitamos sair das cavernas. Soltar os grilhões que nos prendem aos
Olmos, estes, donos de suas pseudoverdades. Estas, são projeções reprisadas e
fundadas em ganhos materiais, para alcançarmos algo imaterial, visto apenas
por homens que falam com Deus.
Entretanto, como diria Chico
Xavier, o telefone só toca de lá para cá. Ou será que foi feito uma vídeo
chamada e os Olmos falam a verdade? Nada disto, precisamos soltar os grilhões e
buscar à luz.
Assim aconteceu com Baruch
Spinoza. foi um dos primeiros, Nicolau Copérnico outro. O carbono quatorze fez
sua parte. E cada um pode fazer mais. Que tal pensarmos e agirmos como os
ateus? Estes que vivem conosco, não fazem mal a sociedade. Não vão à igreja,
não falam mal das pessoas, não se importam com a sexualidade dos outros, ajudam
quem precisa e são felizes sem se importar com o céu. Porém, não fazem bem ao
capitalismo. Não doam, não compram rifas de igrejas, não pagam a conta de luz
de templos nababescos (ou compram sal, cimento ungido e outros engodos de
linguiça), como seus fies seguidores. Então, os ateus não são bons para os
negócios.
E para alcançar a vitória,
toda ajuda é necessária. O capitalismo quer o mal. Nada de dividir. Afinal
de contas, isto levaria a falência igrejas, doutrinas, filosofias que apenas
arrecadam em nome de Deus. E devolvem muito pouco. O Papa preso (ou emérito) e
a Papiza Joana, ousaram dividir o dinheiro da maior fábrica de ilusões de todos
os tempos. Um foi destituído, a outra negada.
Parece mais fácil adiar o
terceiro segredo de Fátima, a aceitar que algumas verdades dos homens, sejam
reveladas. Mas será que o céu existe mesmo, ou, podemos pensar em outra opção?
Pode ser que o céu seja uma verdade. Contudo, a evolução do homem, agindo com
consciência coletiva. Hoje é uma verdade mais sensata.
Por não saber como seriam
estas "fases", creio que a evolução do homem guarda semelhanças com
as leis das quatro ou dez dimensões conhecidas. Também poderíamos
"morar" em harmonia nos multiversos. Ou já fazemos isto, entretanto,
presos a terceira dimensão, não vemos as demais? A melhor resposta creio ser
esta.
Seguindo este raciocínio, na
próxima etapa de vida, ou em outra fase. Com o homem agindo em benefício da
sociedade, não veremos mais os absurdos de nossas esquinas. Os preconceitos que
afundam a dignidade de um ser humano, por ser negro, obeso, pobre e tantas
outras obscenidades inventadas pelo homem.
Os problemas do ser humano,
inventado pelo homem (cor de pele, status, tamanho da bunda…) não são problemas
de Deus. A humanidade deve arcar com seus erros. Só então o criador agiria com
sua sabedoria.
Deus pode e vai ajudar a
humanidade. Entretanto, este auxílio seria natural na de cura de doenças,
melhoria na qualidade de vida de pessoas com deformidades físicas. Por meio do
crescimento cultural, que, melhoraria a qualidade de vida de todos.
Porém, problemas relacionados
a bens, dinheiro, status, poder e outras falácias materias, não foram criadas
por Deus. Logo, estas mazelas devem ser curadas pelo homem. Nós fazemos as
guerras, então, devemos curar nossas feridas.
O homem provavelmente nunca
conseguirá esquecer a ganância, status e outras abstrações, que não fazem parte
da natureza, que o Criador deixou para a humanidade. Quer seja, nesta fase,
poucas pessoas evoluirão neste quesito, a importância do ouro de tolo.
No frigir dos ovos, para quem
crê em Deus, sabe, estes matam, criam status, cultuam tudo que podem para
enaltecer e agradar ao Deus capitalismo. E este é o ouro de tolo, por quem o
Criador não fará nada em prol da humanidade.
No mundo de Deus, onde impera
a felicidade, o bem comum da coletividade, o Pai ajudará sempre seus filhos.
O que há depois desta vida?
Não se sabe. Pode haver outra? Provavelmente sim. O que deve ser feito para
chegar à próxima fase? Como em muitos jogos, seguir as regras deste.
E quais são as regras? Está no
equilíbrio entre os habitantes da natureza. A rosa não briga com o macaco, por
este ter uma bunda maior que a sua. O javali, não quer a casa do João de barro
para morar. O beija flor não mata elefantes, por que estes gostam de pagode. A
grama não quer processar o ouro, por que este tem uma cor mais brilhante que a
sua.
Dizem que o paraíso é aqui.
Provavelmente sim e está disfarçado de grama, beija flor, rosa...
Soa interessante, o Éden está
ao nosso redor, basta sermos irracionais.
O escritor do lago
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mundo melhor