Como eu quero um presidente, que seja como a
gente, gente. Porém, onde encontrar, segundo o dito popular, em qualquer lugar.
Somos um povo único, simples, fácil, bonito, caipira, de leste a oeste, de
norte a sul, somos brasileiros, com muito orgulho, com muito amor.
Em campanhas, os candidatos a presidência da
república, se identificam como irmãos do povo, comem pastel no buteco, tomam
cafezinho na padaria, agem como um qualquer mortal. Logo, nomear fulano ou
beltrano, é só protocolo. Qualquer cidadão aquela cadeira, honrará a faixa que
o povo lhe confiou, ser presidente deste país.
Depois das formalidades eleitorais, já em dois
de janeiro próximo, o país será outro. Será como cantiga de ninar, só anjinhos,
papai foi na roça, mas logo volta. O médico vai ligar, marcar hora e atender o
paciente (obs; se o paciente tiver tempo). Segurança, para quê? Não haverá
bandidos. A ilha das maravilhas, Pásargada, o paraíso, nada será comparado a
este país. E assim dormiram os eleitores, nana nenê, nenê do...
No entanto, as seis da manhã do dia dois, nada
mudou. O despertador tocou, você levantou e o país não acordou. A fila para a
saúde, lotada, as estradas, esburacadas é só pancada. Não tem nada de canção de
ninar, esta mais para filme de terror, “vigésima temporada, reeleja quem te
mata”.
Porém, não se desespere, daqui a quatro anos,
você tem uma nova chance de mudar. Usando seu separador de orelhas (cabeça),
poderá ler as propostas de seu candidato, perceber aquilo que ele pode
realmente fazer e votar nesta pessoa. Por que você não cometerá o erro, de
novo, em reeleger pessoas, que deixaram Santo Expedido, comendo poeira.
Até por que se fizer isto, é um atestado que
não usa seu separador de orelhas. Agora se usar, fica fácil, já nestas eleições
o país pode mudar. Caso seu candidato tenha ficha suja, não confie, ele só faz
sujeira.
Tire seu foro privilegiado ( fraldas) e a
m... vai ser tanta, que Curitiba vai ficar superlotada.
Paulo Cesar